Blog do Pedro Hauck: dezembro 2018

31 de dezembro de 2018

2018, um ano difícil, mas de grandes conquistas


E mais um ano termina e nesta época de passagem, quando todo mundo dá para uma parada e descansada para começar o próximo ciclo, não dá para não refletir sobre tudo o que aconteceu nas últimas 365 vezes que a Terra rotacionou sobre seu próprio eixo.

Pois é, em 2018 completei 20 anos escalando montanhas. Não que antes de 1998 eu não tenha feita nada. Na verdade já desde de 1994 eu frequento trilhas, mas necessariamente para subir uma montanha. Antes disso eu era muito novo, não tinha independência para escolher um lugar para viajar. Na verdade quem fazia isso eram meus pais e eu apenas ia.

Foi em 1998 em que eu tomei as rédeas do meu destino e o que era de principio uma fuga, se tornou minha vida, meu ganha pão, minha cultura e minha maneira de ver o mundo. Tudo o que eu faço tem a ver com montanhismo, minha vida se confunde com isso. São 20 anos me dedicando pra valer e fora isso apenas 16 em que fazia isso e outras coisas mais. Pois é, também não sou tão velho assim.

Acampando em 1998. Reconhece alguém?


Entretanto em 2018 não escalei mais que outro anos. Em 2015, por exemplo, passei mais noites numa barraca do que em minha casa. Neste ano que se passou eu fiquei mais tempo em casa, trabalhando, ainda que meu trabalho tenha a ver com montanha.

Passei 10 meses em casa tendo rotina, indo para meu trabalho na Loja AltaMontanha. Neste ano vi a empresa que tenho com Rafael Wojcik e Hilton Benke sair de uma casa, numa estrutura simples, para irmos para uma loja de verdade, com uma estrutura digna de nosso tamanho e importância.

O bom disso é que pude escrever um livro sobre um pouco de minha trajetória nestas duas décadas de dedicação à montanha. Digo um pouco e já ficou com mais de 4 centenas de páginas. Trata-se do livro Arrisque-se, que tem um título, capa e histórias surpreendentes!

Leitora aproveitando o Livro Arrisque-se durante a aclimatação na montanha.


Não tive muito tempo para me dedicar à minha outra empresa, que tenho com minha mulher, Maria Tereza e meu amigo de infância, MaximoKausch, com quem comecei a escalar há 20 anos atrás. Estive à frente dos cursos de escalada somente.

Não lembro quantos alunos eu tive em 2018, mas foram muitos e foram motivo de orgulho, pois os vejo se desenvolverem nas rochas , se desafiando e indo além.

Neste ano tirei minha cerificação de Instrutor de escalada pela AGUIPERJ, Associação de Guias e Profissionais de Escalada do Rio de Janeiro. Foi uma prova difícil, desafiadora. Tive que estudar de verdade, ficar lembrando de nós e procedimentos e ainda viajar até o Rio fazer a prova com outras pessoas super talentosas.

Durante a avaliação da AGUIPERJ no Rio

Mas o ápice do ano foi ter escalado minha primeira montanha de 8 mil metros, o Manaslu, de 8163 metros de altitude. Todo mundo que sobe montanha um dia sonha em poder escalar pelo menos um dos 14 8 mil e neste ano pude ver o que é a altitude extrema, ter que usar oxigênio, fazer ciclos de aclimatação e conviver com sherpas e estrangeiros. Foi uma experiência incrível! Mais do que isso, eu fui líder da expedição e discuti estratégias que felizmente fez todo mundo chegar no cume. Eu e meus amigos Claudinha e Bernado.

Não éramos os únicos no Manaslu. Dividimos a expedição com os clientes do Arnold, um amigo holandês que vive no Nepal. Além dos brasileiros, que eram maioria, havia um belga, um espanhol que vivia na Inglaterra, uma Jordaniana que mora nos Emirados Árabes, outro holandês e sua esposa finlandesa. Uma salada mista que se entendeu, criou laços e curtiu juntos o cume da oitava montanha mais alta do mundo.

Só não fomos os primeiros a chegar no cume pois horas antes o espanhol  Sergi Mingote e o brasileiro Moeses Fiamoncini chegaram ao cume sozinhos ao lado de Kami Rita Sherpa.
E 2019?

Bom, sigo mais leve após ter cumprido este projeto que tanto me consumiu que foi escalar o Manaslu.

Cume do Manaslu com Karma Sherpa


Também não posso deixar de falar na maravilhosa experiência que vivi viajando sozinho pela China, um país que sempre sonhei em conhecer.

Agora, mais leve, pretendo dividir melhor meu trabalho de guia de montanha e de empresário de loja de equipamentos de montanha. Pretendo no ano que vem estar mais perto de minha mulher, a Maria Tereza, mas mais longe de vocês. Vamos guiar roteiros distantes, conhecer novos países, visitar nossos irmãos que moram longe há bastante tempo.

Espero que o próximo ano seja de realizações como foi este ano, mas um pouco mais fácil.

Feliz 2019 para todos nós!


19 de dezembro de 2018

Hong Kong, uma selva de pedra interessante

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Mais uma viagem de trem bala. Desta vez entre Xiamen e Hong Kong, cerca de 700 km em apenas 4 horas!

A manhã está tranquila. Tomo um café da manhã na estação de trem e no horário vou até o portão que está pouco movimentado. Adentro a plataforma e logo no vagão.

O trem vai deixando a ilha para trás e ao entrar no continente vamos cruzando por uma cidade imensa em construção. Vejo prédios e mais prédios residenciais vazios. As ruas já estão prontas e há até parques, com brinquedos para crianças recém construídos. As árvores, plantadas adultas, são escoradas por cordas e os gramados ainda estão quadriculados, pois acabaram de ser plantados. 

Assim é a China, cria-se cidades gigantes do zero. Viajo apenas curtindo a paisagem.

Em pouco tempo chegamos em Shenzen, que é uma metrópole colada na divisa com Hong Kong. Ex colonia britânica, Hong Kong foi devolvida para a China no ano de 1997. Não faz muito tempo e me lembro bem de quando isso aconteceu. Naquela época, a gente ainda achava que a China era um país pobre e Hong Kong era um simbolo de modernidade com seus arranha céus. Nesta viagem, pude ver que o resto da China se igualou ou ultrapassou Hong Kong daquela época.

O trem parou na estação de Shenzen, deixou alguns passageiros e depois rumou de volta até entrar num túnel. São mais de 30 km que o trem percorre por baixo da terra e inclusive a estação é subterrânea, tipo um metrô.

Como Hong Kong, mesmo pertencendo à China, ainda é um território autônomo, na própria estação há controle de migrações onde precisamos mostrar passaporte. Não sei porque uma oficial encanou com o meu visto chinês e me mandou para uma salinha para averiguação. Ela ficou olhando meu passaporte com lupa e depois me liberou. O que aconteceu? Eu não sei.


Assim que sai da migração e cheguei na estação já aproveitei para trocar dólares de Hong Kong. Sim, este território tem moeda própria (impresso pelo HSBC, que significa Hong Kong Shangai Bank Company), tem código de telefone próprio e até mesmo simbolo de internet próprio. Só não carimbam seu passaporte.

Quando saí da estação subterrânea e cheguei na superfície, estava desorientado. Não sabia de onde tinha vindo e qual era a direção do centro de Kowloon, onde estava o hostel que eu havia reservado. Tive que andar aleatório até o mapa do meu celular também se orientar para eu pegar o caminho certo. Como estava em um novo país, meu chip de celular chinês não funcionava, mas ainda bem que eu tinha feito download dos mapas do google, assim naveguei off line até chegar no Hostel, que fica na rua mais famosa de Kowlong, a Nathan Street.

A primeira impressão que tive de Hong Kong foi como se eu estivesse em São Paulo, pois as duas cidades são parecidas. São duas selvas de pedra, cheias de edifícios, muita correria, transito e pouca organização.

Meu hostel ficava num edifício gigante, onde haviam vários hostels e hotéis. O térreo era um shopping do tipo galeria Pajé, cheio de indianos e paquistaneses e bugigangas. Tive dificuldade de encontrar o elevador que tinha que tomar para chegar no andar do Hostel, mas pelo menos em Hong Kong todo mundo fala inglês e assim consegui obter informações.

O hostel era bem simples. Tinha paredes com azulejos brancos e parecia uma lavanderia. Eu tinha um quarto só meu, mas ele era minusculo, só cabia a cama e minha mochila tinha que ficar embaixo dela. Ainda que tinha ar condicionado, pois Hong Kong faz calor! Deixei as coisas no quarto e fui dar umas bandas.

A primeira coisa que fiz fui fazer foi conhecer a Victoria Harbor e poder ver da costaneira a ilha de Hong Kong, onde estão os arranha céus mais famosos.

Victoria Harbour
A maior dificuldade foi conseguir atravessar a Salisburry Road. Dos dois lados da rua tem cerca e na esquina tem placas para usarmos a passagem subterrânea do metrô. No entanto, a passagem não é tão simples como da avenida paulista. Os túneis fazem curva e dentro há verdadeiros shopping’s centers. Você anda, anda e não acha a saída do outro lado da rua. Decido então voltar para a superfície e ficar esperando o sinal fechar para atravessar a rua a pé.

O trabalho foi recompensado para ver uma das paisagens urbanas mais famosas do mundo, a qual desde criança tinha curiosidade de conhecer: Uma Inglaterra na China!

A torre do relógio, resquício da antiga estação de trem inglesa de Kowloon.

Após admirar a visão, passo pelo pier e vou em direção ao um shopping onde encontro um pátio de alimentação. Dentre as várias opções, a que mais me apetece é um restaurante japonês. Aqui no Brasil restaurante japonês é caro, mas em Hong Kong tudo é caro, então tanto faz.. Gastei uns 150 reais! Em Curitiba pago menos da metade pelo menos prato. Mas ok, Hong Kong é caro mesmo.

Passei a noite andando por kowloon, visitando feirinhas, vielas e locais mais populares. No bairro há várias ruas de restaurantes com muita vida noturna e cultura. Volto para o Hotel cansado de tanto andar.

Ruas de Kowloon à noite.

Ruas populares de Kowloon à noite.

Nathan Street à noite.

Vista da Ilha de Hong Kong à noite.


O próximo dia, domingo, seria destinado inteiro para passear pela cidade. No entanto, não consigo acordar tão cedo quanto desejo devido ao cansaço acumulado dos dias anteriores. Saio às pressas na rua às 11 da manhã para conhecer o máximo possível.

Na direção ao pier para atravessar o canal de Victoria, paro num Mc Donald’s para tomar um Mc Café. Havia prometido não comer comida ocidental na China, mas como Hong Kong não é China e lás os preços estão mais para Suíça, acabo me rendendo exatamente por ser barato e ter café. Nestes meses de viagem, tanto no Nepal, quanto na China, senti muita falta de nosso delicioso cafezinho.

Com o estomago forrado, pego um barco que atravessa o canal, deixando a península de Kowloon para trás em direção à ilha de Hong Kong. Até o final da década de 1990 Kowlong era uma área mais residencial com prédios baixos. Isso por conta do aeroporto antigo da cidade, que obrigava os aviões a darem verdadeiros rasantes na cidade. Com a inauguração de um novo aeroporto, numa ilha mais distante, a lei foi alterada e hoje o prédio mais alto da cidade está em Kowloon, o International Commerce Center, que fica aliás ao lado da estação de trem.

Atravessando a baia de Vitória de ferry

O International Commercial Center (ICC), prédio mais alto de Hong Kong.

Do outro lado do canal, estão alguns dos prédios que já estiveram entre os mais altos do mundo, mas agora perderam o status devido à construção de outros arranha céus em outras cidades asiáticas. E é no centro onde estão estes edifícios onde vou parar quando desembarco na ilha.

O centro financeiro de Hong Kong é muito bonito e futurista. Como é domingo, suas ruas estão parcialmente fechadas e há muita gente fazendo pic nic, como se estivessem em um parque. Acho este costume um tanto estranho, pois eles não apenas fazem lanche, como há gente fazendo karaokê, outro imitando desfile de moda. Na maioria são pessoas asiáticas, mas no meio há alguns ocidentais. São misturas de Hong Kong.

Centro financeiro de Hong Kong

Bondes ingleses de Hong Kong.

Não perco tempo para ir direto onde queria ir: O mirante do Pico Vitória, acessado por um tipo de bondinho que tem uma fila imensa. Fazer o quê? Paciência...

A fila leva um tempão, até que chega minha vez para subir. Obviamente pagando uma taxinha não muito barata. O bondinho é bem turistão. Ele é antigo, talvez para a época quando foi construído, começo de 1900, fosse uma tecnologia avançado. Hoje é mais histórico do que qualquer coisa.

No topo do morro, no entanto, há um edifício super moderno que é um tipo de shopping center com vista panorâmica. Passo um tempão lá apenas admirando a vista e procurando pelos picos de escalada em rocha da cidade. Como Rio de Janeiro, Hong Kong é uma cidade litorânea cheia de montanhas e point’s de escalada. Claro que estes points são muito menos bonitos que no Rio, mas a vista deles para a cidade é incrível. Um deles, o Central Crag, fica bem abaixo do Pico Vitória.

Visu do mirante do Pico Vitória

Mirante por dentro.
Já estou com bastante fome, mas as opções do shopping do mirante não me atraem por causa do preço. Decido então descer o bondinho e voltar para o centro para procurar algo para comer.

Logo quando chego na baixada, dou de cara com o prédio do Banco da China, um edifício que já foi o maior da ilha e que é um marco da arquitetura. Este arranha céu, hoje pequeno, fazia parte de meu imaginário quando eu era criança. Fiquei um tempão admirando ele por baixo, era realmente surreal estar ali.

Prédio do Banco da China.

Minha barriga, no entanto, não me deixou ficar mais tempo e desci até a avenida Queensway onde peguei um bonde, daqueles de 2 andares igual ao de Londres, e fui em direção à Causeway Bay, que é um centro comercial da ilha, onde acabei comendo em um KFC (para decepção de quem achou que iria comer algo local).

Passei o resto do dia andando pela Hennessy Road, até me cansar e tomar um metrô (bem caro por sinal) de volta à Kowloon.

Fui dormir relativamente cedo, pois no dia seguinte precisei acordar às 4:30 da manhã para chegar cedo no aeroporto.

Fui à pé pela Nathan street esvaziada até a estação do expresso do aeroporto, onde dá para fazer o checkin antes mesmo de chegar lá. O trem é de ultra velocidade e mesmo a distancia sendo longa, cheguei bem cedo lá, a tempo de, novamente, tomar um Mc Café e depois partir para Shangai.
Fiz uma conexão no gigantesco aeroporto de Pudong, para chegar tarde de noite em Chengdu, dormir no saguão e tomar outro voo para Kathmandu.

Na capital nepalesa tive um dia para arrumar minhas malas e no dia seguinte voei para Dubai e enfim São Paulo, dando fim à esta interessante experiência asiática.


5 de dezembro de 2018

Xiamen a ilha da magia da China

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De Ningbo até Xiamen são 950 Km, mas de trem de alta velocidade leva-se apenas 5 horas e 20 minutos. A viagem foi tranquila e a paisagem muita bonita, pois o interior da Província de Fujian é bastante montanhosa e há inúmeras montanhas rochosas, as quais fiquei imaginando  quanta escalada poderia se desenvolver lá.

Paisagem montanhosa de Fujian
Distraído, fico assustado quando vejo no relógio e noto que faltava menos de meia hora para chegar no destino, mas olhando no google maps do celular, vejo que ainda estava longe de Xiamen. Será que o trem é tão rápido assim? Vejo novamente o ticket e noto que o destino está marcado como XiamenBei, e não Xiamen.

Pesquiso e reparo que XiamenBei é uma estação longe do centro de Xiamen, que é uma ilha. Comparando com um caso brasileiro, seria como se Xiamen fosse a Ilha de Florianópolis e a estação onde eu iria descer fosse Palhoça ou São José. Fico preocupado.
Desço na plataforma e começo a buscar uma forma de chegar na ilha. No entanto, na própria estação vejo uma placa em inglês apontando onde fica uma estação de ônibus BRT que vai até lá. Pesquiso o mapa, vou na bilheteria e falo pelo google translator que quero ir no ultimo ponto. A cobradora então me dá um ticket e vou até a plataforma, aguardo uns 15 minutos e entro no ônibus que tem um ideograma igual ao do mapa que tenho em mãos.

O ônibus, sai da estação e vai ganhando velocidade por sua canaleta exclusiva. Vou apenas curtindo a paisagem e noto que ele passa reto em uma entrada que dizia “island”. Fico novamente preocupado. Será que peguei o ônibus errado? Pergunto a um passageiro e ele confirma, para minha tranquilidade, que estou no certo.
Vou então com minhas mochilas apenas curtindo a paisagem, notando a ponte que liga o continente à ilha, vendo as casas, os apartamentos e toda a organização da cidade, que tem uns 3,5 milhões de habitantes. A canaleta então vira um viaduto do tipo minhocão e assim vamos até a ultima estação, onde desço.
Lá caminho alguns quilômetros pela avenida até achar um táxi disponível, que não custa caro e que me leva até um hostel que havia reservado. Enfim alguém que posso falar inglês!

Xiamen a noite.

Deixo minhas mochilas no quarto e saio para curtir a cidade. Já está escurecendo e vou apenas observando o comercio e pensando no que comer. Novamente, como em outros locais da China, Xiamen tem muitos restaurantes e muita variedade. A região da cidade onde estou é cheio de vielinhas com casas típicas, mas no horizonte se destaca dois arranha céus de vidro hiper modernos.
No dia seguinte pela manhã aproveito para conhecer o templo de Mamputuo, um templo budista com arquitetura belíssima. Atrás dele há um morro cheio de trilhas, mas não arrisco ir muito longe, pois o calor dificultou minha vida. 












Meu objetivo em visitar Xiamen era visitar um fornecedor de roupas técnicas para alta montanha. Havia agendado a visita na empresa, mas desde que cheguei na China, responsável não me mandava mais e-mail. Decidi ligar, mas tocava, tocava e ninguém atendia. Assim, decidi ir até o endereço mesmo sem confirmação.

Fui até a rua Simen, que é a principal da cidade e lá, por apenas 1 Yuan tomei um ônibus em direção à região portuária, onde fica a empresa que queria visitar. Atravessei o centro da cidade e cheguei na sede da empresa, que na verdade é um condomínio de edifícios. Ligo novamente para eu contato e desta vez ele atende e vem me buscar.

Foi uma visita rápida, mas interessante.

A volta para o hotel foi em ritmo de passeio. Fiquei observando a paisagem urbana, como pode um lugar perto de porto que seja tão bonito e com paisagismo tão verde. Aproveitei para conhecer melhor o centro e no final mudei o cardápio e comi uma comida japonesa.

Xiamen é muito bonita e cheia de rochas. É uma geografia urbana interessante. Uma ilha, com praia, porto, morros, cidade antiga, cidade moderna. É uma Florianópolis mais rica, maior e mais organizada.

Fui dormir cansado após caminhar tanto. No dia seguinte iria deixar a China pra trás e ir para Hong Kong, que é uma China que não é China. Mas isso fica para o próximo capítulo...

:: Continua

Paisagismo na região do porto