Blog do Pedro Hauck: fevereiro 2013

19 de fevereiro de 2013

Saidera no Três Cruces

:: Leia o relato desta expedição desde o começo
:: Leia a parte que antecede este relato

Logo após termos escalado o Ojos Del Salado em condições extremas, eu e o Waldemar decidimos fechar a expedição Teto das Américas escalando mais uma grande montanha. Estávamos cansados, mas mesmo assim decidimos escalar o Três Cruces Sul, a quinta montanha mais alta dos Andes, localizada a poucos quilômetros do Ojos.

As informações que tínhamos era que o Três Cruces era uma montanha fácil, apesar da altura. Contra nós, tínhamos o fato de ainda haver muita neve acumulada na montanha e também a desagradável notícia de que o montanhista argentino Ricardo Córdoba ainda estava desaparecido na montanha, contando que isso ocorrera há quase duas semanas atrás, talvez pudéssemos encontrar com seu corpo no caminho, o que não seria muito agradável.

O desaparecimento de Ricardo fez que de repente o Três Cruces, que é uma montanha pouquíssima freqüentada, tivesse muita gente. Isso foi bom para acharmos o caminho de acesso à montanha e também para que o caminho montanha acima não estivesse totalmente debaixo da neve, obrigando a gente a navegar sem referencia e ainda afundar naquela m... branca e gelada.

Montamos um acampamento a 4900 metros, até onde achamos prudente levar a Andina, já que naquele dia pela manhã, ainda na base do Ojos, tivemos grande dificuldade em ligar ela devido ao frio. Ali ficamos em dúvida, pois o tracklog do Maximo de 2010 dizia para irmos por um vale, mas os resgatistas que procuravam o argentino desaparecido ia por outro. Decidimos ir pelo caminho que os resgatistas estavam usando e na manhã do dia seguinte encontramos eles num acampamento base a 5200 metros.

A história que nos contaram era que Ricardo tinha encontrado um francês em Las Grutas (aduana argentina no Paso San Francisco), e que eles foram juntos ao Três Cruces. Chegando lá, o Frances que estava em melhor forma saiu na frente e Ricardo ficou sozinho, aprimorando sua aclimatação. A ultima vez que eles se viram foi antes do Frances fazer cume. Ricardo disse a ele que iria elevar seu acampamento a 6150 metros. Ele nunca mais foi visto.

Um pouco antes de chegarmos à montanha, um guia chileno que participava das buscas encontrou a barraca de Ricardo num acampamento onde ele havia dito que ia acampar. Depois encontraram um piolet e uma cueca mais abaixo. Ninguém havia feito cume até então, então não sabia se ele poderia estar mais embaixo ou a caminho do cume.

Por sorte, esta história toda fez que muita gente subisse até o acampamento alto, a quase 6 mil metros e descesse. Então o caminho estava marcado, era só segui-lo, o que foi muito fácil, dado nossa aclimatação e estado físico excelente. Chegamos tão rápido aos 6 mil metros, que decidimos subir até  o acampamento alto a 6150, onde encontramos a barraca de Ricardo abandonada em meio à neve. No caminho também cruzamos com um alpinista italiano que havia tentado o cume, mas não havia conseguido chegar lá.

Montamos uma plataforma em meio à neve e montamos a barraca. Como ali não há água em estado liquido, passamos o resto do dia derretendo neve para obter o precioso liquido, comemos e fomos dormir, mesmo sem ter sono.

O despertador tocou na madrugada e aí começou aquela odisséia. Minha barraca é pequena e baixa, pra mim que não sou alto é tranqüilo, mas eu com o Waldemar que é enorme mais o volume dos sacos de dormir faz tudo ficar complicado. Colocar a calça corta vento é uma grande dificuldade, principalmente porque aquela porcaria tem um suspensório, que só serve pra gente cagar em cima e dificultar na hora de botar a calça dentro da barraca na madrugada. O procedimento é o seguinte: Quando eu me arrumo, o Waldemar fica deitado, assim consigo mover os braços, o que provoca uma queda de gelo em nós, já que a respiração congela no teto. Depois que eu me ajeito, é minha vez de deitar para que ele possa colocar sua jaqueta.

Depois disso temos que esquentar água, ligando o fogareiro congelado no avanço da barraca. Aí não perdemos onde está o chá, o açúcar... Tem que tomar cuidado para derrubar o chá, a perna começa a formigar por ficar muito tempo dobrada... enfim, não é nada legal e contando que era nossa décima montanha, já estava meio impaciente.

Tudo pronto é hora de abandonar nossa casa de nylon e subir a montanha. Acho que aquele foi meu acampamento mais alto na vida. Também nunca havia acampado tão próximo do cume de uma montanha tão grande. Apenas 600 metros verticais do topo! Parecia moleza...

Com lua crescente, tínhamos luz para iluminar o caminho. Subimos uma grande vertente nevada seguindo as pegadas do italiano, que moleza! Nem era necessário navegar na escuridão! Ainda antes do sol nascer, chegamos num colo a 6440 metros que leva o cume do Três Cruces, onde desanimei um pouco.

Mesmo estando há apenas  300 metros verticais do topo, o caminho teria que atravessar um campo de rochas vulcânicas enormes, que formava um labirinto. Além deste problema, havia a questão que estas rochas estão empilhadas uma sobre a outra, com enormes buracos entre eles, todos encobertos pela neve! Para piorar, as pegadas do italiano terminavam ali.

O Waldemar foi à frente abrindo caminho e navegando em meio destas rochas. Ele ia andando sobre ela, nunca pisando na neve, o que era muito difícil, principalmente porque estávamos com botas duplas, rígidas. As vezes eu pisava fora de uma rocha e afundava até a coxa. Era perigoso quebrar uma perna.

Com muita paciência fomos ganhando altura, até chegar num paredão, por onde encontramos um vale e conseguimos passar por ele sem precisar escalar. Em cima deste paredão, as rochas ficaram ainda maiores e a escalada se tornou uma tortura. Eu escorregava e enfiava o pé na neve muitas vezes, cheguei até a ficar com o pé preso dentro de uma destas armadilhas.

O cume estava em nossa frente, mas havia muitas torres rochosas e vales cheios de pedras e neve. Num momento fui guiar e me perdi em meio destas rochas, o Waldemar ficou bravo. Ele manda muito melhor do que eu neste tipo de terreno. Eu tava super cansado e só pensava na possibilidade de voltar ao carro e descer até Fiambalá cedo, com tempo para comprar um belo Bife Chorizo e fazer um churrasco. Cada vez que a gente se perdia, eu via a chance do Bife Chorizo ficar mais distante.

Eis que dando uma volta por fora de uma torre, o Waldemar encontrou um bom caminho e conseguimos chegar ao cume, exaustos! Era 10 da manhã, fiquei feliz, pois cedo desta maneira poderíamos voltar à civilização ainda naquele dia.

Apesar de ser uma das montanhas mais altas do continente, o livro do cume do Três Cruces, que encontramos sem querer embaixo da neve, tinha poucas assinaturas. A ultima era do Frances, nada de Ricardo Córdoba. Concluímos que ele não havia chegado ao cume.

A volta foi igualmente massacrante. Passar por aquele tipo de terreno, tanto na subida quando na descida é igualmente uma tortura, não via a hora de deixar aquele lugar. Foi um alivio chegar à rampa de neve.

Chegamos ao acampamento ainda cedo e rapidamente desmontamos a barraca e começamos a descer. Andamos muito rápido e em menos de 2 horas já estávamos no acampamento dos resgatistas. Se a neve nos torturou lá em cima, para baixar ela foi uma dádiva! Descemos rapidamente até nosso base, onde encontramos a Silvia nos esperando, pronta para voltarmos à civilização. Não dava pra acreditar, era o fim de uma expedição perfeita, onde conseguimos escalar 10 grandes montanhas, driblando todas as dificuldades com muita perícia e tranqüilidade. Só pensava no Bife de Chorizo.

Descemos a montanha e fomos para Maricunga, a aduana chilena, carimbar nosso passaporte e dizer que tudo ocorreu bem. Chegamos lá às 6 da tarde, uma hora antes do fechamento do paso internacional. Lá obtivemos a informação de que a aduana argentina também fechava às 7, então corremos para vencer os 120 km a tempo de poder voltar a civilização, e comer bife Chorizo.

Um pouco antes de nós, saiu o penúltimo carro do dia. Sabíamos que íamos encontrar eles no caminho e isso poderia nos ajudar a conseguir passar pela aduana, caso chegássemos um pouco depois das 7. Eis que de repente aparece este carro no horizonte, ao lado da estrada, todo arrebentado, o cara havia capotado o carro!

Paramos para socorrer os ocupantes. Era um casal de Santiago Del Estero. O homem estava bem, mas a mulher estava muito abalada com a batida. Dado o estado do carro, eles nasceram de novo! Nos apertamos e levamos os acidentados.

Fomos muito bem recebidos na aduana argentina. Lá encontrei os filhos de Ricardo Córdoba e contei o que vi na montanha. Foi foda ter que contar pra eles que seu pai certamente estava morto... Mas enfim, ainda estávamos com dois acidentados no carro, e tivemos que descer até encontrar uma ambulância que os resgatou no meio do caminho.

Chegando tarde da noite em Fiambalá, não deu pra comer o Bife Chorizo, porém conseguimos jantar no restaurante da Hosteria municipal, onde veio um Bife Vazio muito bom, mas pequeno. Eu perdi uns 7 kg na viagem, mas entrei em forma de maneira incrível. Nesta correria nem tive tempo de comer meu sonhado Bife Chorizo, pois no dia seguinte começamos a viagem de quase 3 mil Km de volta.

Acho que esta viagem foi uma das melhores que já fiz. Nunca escalei tanto e tão rápido. A parceria com o Waldemar Niclevicz foi excelente, sem dizer que foi uma honra escalar estas montanhas com um cara que admiro muito e que certamente foi um nome que me incentivou a começar a fazer montanhismo há 15 anos atrás.

:: Veja o tracklog do Três Cruces

Três Cruces Central (esquerda) e Sul (direita).

Detalhe do Três Cruces Sul.

Indo pra montanha.

Acampamento base a 4900 metros.

Auto retrato dentro da barraca após algum tempo sem barbear.

Caminho para o acampamento alto, entre o Central e o Sul.

Aproximação do campo alto.

Aproximação do campo alto.

Chegando ao acampamento de 6 mil metros. Ao fundo o cume Central.

Subindo ainda mais para o acampamento de 6150 metros.

Barraca de Ricardo Córdoba.

Nosso acampamento a 6150 metros.

Lua no nascer do sol.

Terreno com rochas grandes: Uma tortura.

300 metros finais do 3 Cruces, um inferno!

Amanhecer nas encostas do 3 Cruces.

Vencendo uma pequena parede de rocha.


Labirinto perto do cume.

Chegando no cume.

Vista do cume.

cume

Cume do 3 Cruces.

Waldemar e eu no cume do 3 Cruces.

Vista para o Pissis ( ao fundo) e o Vulcão 3 Quebradas (direita).

Comemorando o décimo cume da expedição.

Livro de cume.




3 de fevereiro de 2013

Ojos del Salado em condições invernais

:: Leia o relato desta expedição desde o começo
:: Leia a parte anterior deste relato


Após passarmos a noite na aduana, por conta de um carabineiro pra lá de precavido que não deixou irmos a um refugio na montanha, conseguimos enfim a permissão para irmos ao Ojos Del Salado. Apesar da mancada do militar chileno que nos fez perder precioso combustível, até deu para entender o motivo, afinal eles não são “experts” em montanhismo e nunca vêem aquelas montanhas nevadas, exceto no inverno. Assim mesmo fomos para a montanha.

Tivemos uma sorte grande em encontrar com uma caminhonete de uma mineração e com eles conseguir combustível, resolvendo este problema, chegamos ao refúgio Claudio Lucero, que fica a poucos km´s da estrada internacional, no vale entre o Mulas Muertas/ El Muerto e Vincuñas, que tem ao fundo o Ojos Del Salado, segunda montanha mais alta dos Andes com 6893 metros e o maior vulcão do mundo.

Ao lado do refúgio Claudio Lucero começa uma trilha 4x4 que adentra vale acima, chegando aos 5200 metros de outro refúgio, o Atacama, que é um container adaptado onde dormem poucas pessoas. O caminho até ali não foi nada fácil, pois ele já estava todo nevado e era difícil distinguir o que era a trilha do que não era. Chegamos a nos perder por um momento, mas enfim conseguimos chegar ao refúgio com a caminhonete Andina abrindo caminho na neve.

Nosso cronograma era apertado e sem tempo a perder, arrumamos a mochila, nos despedimos da Silvia que ficou no refúgio e começamos a caminhar rumo ao refúgio Tejos, que fica a 5800 e é de se inicia o ataque ao cume. Do Atacama ao Tejos são apenas 600 metros de desnível e há uma estradinha, transitável apenas por jipes pequenos e ágeis. Nós mal conseguimos ver sinais desta estradinha, pois ela estava encoberta pela neve. O que era para ser uma caminhada de 2 horas, foi um pouco mais cansativo e demorado, porém chegamos ali sem problemas, admirados pela quantidade de neve.

O refúgio Tejos é bem melhor estruturado que o Atacama. Lá são dois contêineres em “L”. De acordo com o Waldemar, que esteve ali em 1989, quando se tornou o primeiro brasileiro a escalar o Ojos, havia até água quente e luz elétrica no refúgio. Hoje, ele está sem manutenção e bem sujo. Até novembro deste ano, uma empresa chamada aventurismo era responsável pela manutenção do local, mas eles desistiram da tarefa e em breve haverá uma nova licitação para ver quem irá administrar a infraestrutura na montanha. Até que isso não aconteça, escalar o Ojos continuará sendo de graça, mas os refúgios irão aos poucos se deteriorando.

Tivemos uma noite desgraçada, tentando dormir. A lua estava crescente, e no começa da noite ela iluminava tudo, inclusive o interior do refúgio. A altitude, no entanto, aliada com a ansiedade foram ingredientes que essenciais para não deixarmos dormir. O despertador, tocando as duas da manhã, acabou nem sendo uma penalidade como geralmente é e antes das 3 já estávamos em marcha aproveitando um pouco da luz lunar que dali poucos minutos se poria no horizonte, deixando tudo escuro novamente e dificultando enormemente nossa navegação.

Mesmo com dificuldade, encontramos o acesso à enorme rampa que leva à cratera do vulcão, à qual subimos em zig zag abrindo caminho na neve fofa. O afundar na neve com o tempo esfriou tanto o pé que mesmo com a bota dupla sentia muito frio. O que só veio a melhorar com o nascer do sol. Porém, apesar do conforto solar, a neve derreteu e ficou ainda mais fofa nos afundando até a coxa, o que tornava cada passo montanha acima um grande tormento.

Fizemos uma travessia em diagonal, passando por uns penitentes, e conseguimos achar uma língua de gelo sobre cascalhos não muito fundos, o que diminuiu o tormento de ter que afundar até a coxa na neve e assim conseguimos progredir até a cratera do Ojos, que não é cilíndrica como muitas outras, é apenas uma concavidade negativa com grandes paredões rochosos à Sul. Um destes paredões, o mais alto, é o cume principal.

Esta concavidade negativa da cratera estava muito cheia de neve e mesmo bordejar ela pela curva de nível já era um grande esforço. O Waldemar que é mais alto que eu, afundava até a coxa, eu simplesmente flutuava na neve fofa, me esforçando ao máximo para sair daquela situação horrível.

Contornando a cratera, tivemos que iniciar uma subida em diagonal até uma canaleta que separa o cume chamado argentino do chileno. Esta subida foi uma verdadeira tortura, pois além de estar extremamente nevada, ela tinha um substrato irregular com muitas pedras soterradas na neve, impossíveis de serem vistas, desencadeando situações imprevistas de podermos afundar o pé muito fundo entre as pedras e até podermos quebrar uma perna. Escolhemos subir galgando as rochas aparentes, fazendo outro trepa pedra perigoso, ainda mais que naquele momento começou a ventar bastante, nos desequilibrando.

Desta forma, com muito esforço e dificuldade, chegamos à corda fixa que auxilia a escalada do trecho final que dá acesso ao cume, que é a escalada do paredão do cume. A corda estava congelada e afundada na neve, com muito cuidado fui me apoiando nela, mas fui usando também as agarras naturais da rocha. Era difícil encaixar o pé com a bota dupla e crampom, mas com a experiência de escalar há 15 anos e paciência, deu para fazer isso com segurança. Eu nem me desesperei quando vi que um tramo da corda fixa estava com a capa destruída e a alma totalmente exposta.

Com dois precipícios ao lado dos meus pés, fui abrindo caminho na neve fofa até não dar mais para subir, chegando assim na plataforma do cume, o segundo cume mais alto que já escalei na minha vida. Não tive nem sinal do livro do Banco do Chile, pois deveria estar a muitos palmos abaixo daquela neve. Com o coração na mão, sendo açoitado pelos ventos brancos, assisti o Waldemar repetir cuidadosamente aquela escalada e chegar ao estreito topo poucos minutos depois de mim. Tiramos fotos rápidas e logo iniciamos o descenso cuidadosamente, sendo castigados pelo vento absurdamente forte que jogava com violência mini cristais de gelo no rosto, riscando meus óculos e provocando dor na parte exposta da pele.

Escalar o Ojos Del Salado em condições normais não é uma tarefa muito difícil, mas fazer ele nas condições que enfrentamos foi um grande desafio de paciência, força e controle psicológico. Foi uma escalada muito desgastante e mal tivemos tempo de nos recuperar, pois antes da viagem terminar, queríamos fazer mais um cume, para voltar pra casa com 10 na bagagem. Mesmo difícil, foi muito satisfatório fazer este cume, que há pelo menos 10 anos estava na minha lista de coisas a fazer!

Continue lendo esta história
Veja o tracklog do Ojos del Salado no Rumos: Navegação em montanhas
A caminho do Ojos del Salado com as montanhas totalemente nevadas. No fundo o Peñas Azules e Ermintaño.
Refúgio Claudio Lucero
Estrada para o refúgio Atacama, que geralmente é seco.

Refúgio Atacama. 5200m.

Vulcão El Muerto de 6470m totalmente nevado.

A caminho do Refugio Tejos, onde geralmente tem uma estrada, não deu nem pra ver.

Na "estrada" do Tejos com o Ojos ao fundo!

Afundando na neve ainda na aproximação.

Chegando ao refúgio Tejos.

Amanhecer na montanha com o Muerto (esquerda) e o Incahuasi ao fundo. Se pode notar que na frente desta ultima montanha há outro 6 mil, o Fraile, que estava totalmente sem neve a 3 semanas atrás.

Vista para o Ojos nas proximidades do Refúgio Tejos.

Primeiros raios de sol para aliviar o frio nas mãos e nos pés.

Muerto com Fraile e Incahuasi logo após o sol nascer.

Tentando chegar na cratera por um caminho mais curto e mais nevado.

Detalhe do Waldemar afundando na neve.

Cratera do Ojos del Salado. Na direita está o cume principal. Note como há um paredão entre a cratera e o cume. O lance mais difícil e cansativo da montanha é o final.

Canaleta que dá acesso ao cume.
Afundando na neve.

Diagonal que dá acesso à canaleta, totalmente nevado e cheio de pedra, ai foi um tormento.

Trecho mais dificil da escalada, com corda fixa totalmente condenada. Imagine subir isso acima dos 6800 metros com bota dupla, crampom, frio e vento, além da neve é claro!

Waldemar subindo o trecho de trepa pedra.

Momentos finais da escalada.
Chegando ao cume!
Waldemar Chegando ao cume!

Vista para os Três Cruces. Esquerda, o Sul e direita o Central. O Norte não aparece na foto.

Vista para o Cerro Vicuñas em primeiro plano, atrás o Barrancas Blancas. Na direita o Ermitanõ e no centro atrás o Peñas azules.

Cume argentino com outras montanhas do Passo San Francisco ao fundo.

Eu no cume.

Vista para o Nascimiento e Walther Penck

Nevado Mulas Muertas

El Muerto, Fraile e Incahuasi.

Voltando ao refugio Tejos.