Blog do Pedro Hauck: dezembro 2009

29 de dezembro de 2009

AltaMontanha de cara nova!



 O Portal AltaMontanha.com, que diariamente publica notícias do mundo do montanhismo e da escalada, está de cara nova

A mudança de visual há muito já era desejada pelos administradores do site, e começou a ser realizada ainda no mês de agosto. Houve uma grande reformulação no visual do site.

O novo lay out engloba as últimas tendências do mundo virtual, traduzidas em uma página com cores mais neutras, ideal para um site dinâmico como o AltaMontanha.com. Foram muitas as modificações, desde a mudança do Menu, que saiu da lateral esquerda da página e foi realocado logo abaixo da topo, até do código fonte, que agora é construído com uma linguagem moderna, adaptado aos melhores e mais novos navegadores.

Porém as inovações não devem para por aí. É esperado para junho do ano que vem, uma reformulação maior ainda, com a introdução de um novo e sofisticado sistema, que permitirá maior integração entre o usuário e o Portal.

É com esse novo e moderno visual que o AltaMontanha.com deseja um feliz 2010 à todos os seus leitores, e que o ano vindouro, seja o ano das melhores notícias para o montanhismo brasileiro e mundial!

26 de dezembro de 2009

Retrospectiva da montanha 2009



Publiquei no AltaMontanha uma retrospectiva daquilo que aconteceu de mais importante em 2009.

Este foi um ano de muitos acontecimentos para a escalada e montanhismo brasileiro, aí vão alguns dados:
Tivemos 36 etapas de campeonatos, 18 festivais e 18 seminários/encontros. Fora isso, em 2009 tivemos a cadena do boulder mais dificil e a via mais dificil escalada por brasileiros até agora. Tivemos um record de pessoas escalando uma montanha de 8 mil metros, ascensões inéditas nos Andes (protagonizada por mim) e muitos outros acontecimentos culturais e esportivos importantes do mundo da montanha.

Eu como nunca trabalhei como louco no AltaMontanha. Excetuando o tempo que fiquei na Bolívia escalando, todos os dias contribui com matérias, pesquisas e reflexões sobre nosso meio, alguns deles de acontecimentos negativos, como as proibições cada vez mais frequentes e que ameaçam o montanhismo livre.

Não vou repetir tudo o que falei em 2009, pois senão vou escrever um livro. O resumo do ano, no entanto, está na matéria colocada no link abaixo. Clique lá e relembre os principais fatos e acontecimentos que marcaram 2009 no montanhismo/escalada de 2009:

25 de dezembro de 2009

Pra quem tb não gosta de Natal....

Eu não gosto de Natal há muito tempo. Na real gostava bastante quando era criança e ganhava presente, mas logo fui percebendo que a data serve apenas pra "aquecer" a economia e vender aquilo que não se conseguiu durante o ano. Vou deixar um video hilário do Marxzini tirando um sarro dos rappers e fazendo uma sátira bem leve ao espírito de Natal que importamos dos Estados Unidos...

Abaixo, vou reproduzir um texto extraído do blog Classe Média Way of life! É hilário, vale a pena ler...




Não adianta tentar fugir: para ser médio-classista, é estritamente necessário gostar do Natal.

O Natal é uma festa que acontece todo final de ano, onde as pessoas louvam um deus sempre retratado de barba, que veio do céu para trazer à humanidade o que realmente importa nesta vida. Trata-se do Papai Noel, carregado com um saco bem grande de bens de consumo. O Papai Noel é uma divindade muito louvada pelos médio-classistas, um personagem criado pela indústria de refrigerantes como o símbolo da festa mais importante para a Classe Média: a época das compras de Natal.

Apesar de ser uma importante e apreciada época festiva, as origens do Natal, tal como hoje é conhecido, não são bem claras. Algumas correntes científicas defendem que a data era utilizada, em tempos remotos, para festejar o nascimento de Jesus, ícone das religiões cristãs. Esta teoria, no entanto, enfrenta forte combate quando exposta ao fato de que sua comemoração ocorre no dia 25 dezembro, contrariando a lógica pela qual o calendário ocidental moderno se utiliza do nascimento do mesmo personagem como marco zero, o que, por dedução, só estaria correto se o mesmo nascesse no dia primeiro de janeiro. A contra-argumentação dos estudiosos que ligam o Natal a Jesus apresenta duas versões para resolver o imbróglio: ou ele nasceu prematuro de 7 dias, ou ele só foi registrado no cartório 7 dias depois, porque os pais moravam na roça e naquela época era penoso e demorado chegar à cidade no lombo de um burro. Ainda não há consenso na comunidade científica sobre o assunto.

O Natal também é a época da afirmação dos verdadeiros valores da Classe Média, e isto ela faz com demasiado talento. No afã de deixar claro que ter nascido no Brasil foi apenas um acidente de locação geográfica, os médio-classistas se esforçam para compartilhar do mesmo tipo de festividades que os grandes irmãos do hemisfério norte, também conhecidos como "mundo civilizado". Abre-se mão do mundialmente invejado clima tropical, que proporciona, por exemplo, noites de agradável temperatura, preferindo ambientar suas comemorações em uma emulação do inóspito clima de nevasca. Em pleno calor causticante de verão, nossos shoppings se cobrem de neve de espuma e isopor. Velhos gordinhos, coitados, são fantasiados de Papai Noel, enfiados em vestimentas, luvas e botas inclusive, desenvolvidas originalmente para que esquimós consigam atravessar vastíssimos desertos de gelo em busca de focas gordas.

A tortura se completa com milhares de lâmpadas incandescentes, para tornar o ambiente já quente em uma verdadeira chocadeira, e claro, horas a fio de música instrumental das famigeradas harpas natalinas. Haja saco, hein Papai Noel!

HOHOHOHO!

22 de dezembro de 2009

O que fez a Casa de Pedra fechar?




O título desta postagem é uma pergunta que também poderia ser expressa da seguinte maneira: Por que a escalada em São Paulo não deu certo?

Para muitos esta pergunta parece estranha, pois a cidade de São Paulo tem os melhores escaladores do país e isso eu não nego. O problema é que em São Paulo, passado a moda da década de 90, a escalada não se estabilizou como uma cultura.

Eu sou paulista e comecei a escalar, sobretudo, pelas facilidades que a moda da escalada proporciou aos principiantes no final da década de 90. Entretanto de 2004 pra cá a escalada decaiu muito!

Quando me mudei para Curitiba, em 2007, percebi que esta decadência só exisitia em São Paulo e descobri que no Paraná e em todo o Sul, a escalada e montanhismo era algo muito tradicional e antigo e que São Paulo era um lugar secundário neste cenário nacional.

Entretanto como o Brasil é paulicêntrico, eu tinha a impressão que antes da década de 90 não existia a escalada no país, afinal, só quando ela se tornou "moda" em São Paulo é que se tornou evidente e os meios de comunicação sempre exploraram a escalada e montanhismo de forma superficial e nunca tinha tido acesso à rica cultura do montanhismo que existe há muito tempo tanto no Sul, quanto no Rio.

Em Minas a escalada e montanhismo também é recente e como em São Paulo, explodiu após a década de 90. Mas diferente de SP, em Minas ela se perpetuou e se recriou. Hoje só em Belo Horizonte há o mesmo número de ginásios de escalada que todo o Estado de São Paulo junto, após o fechamento da Casa de Pedra do Morumbi.


Então por que em São Paulo a escalada não foi pra frente?

Na minha opinião isso aconteceu por conta da cultura do paulistano, uma cultura que é conflitiva com a cultura do montanhismo.

A escalada foi na década de 90 um objeto de consumo, uma moda, que como toda moda em SP tem vida curta.

Durante a moda, o paulistano consome, mesmo que isso custe caro. Vários parasitas se aproveitaram, sugaram todo o dinheiro e depois que a escalada passou a não ter a pompa que tinha antes, estas pessoas e empresas sumiram.... Em São Paulo a escalada foi mais praticada por publicitários, do que por montanhistas e este foi o motivo para a decadência da atividade na capital ao ponto que já não há mais uma equação que permita que uma Casa de Pedra fique aberta.

No fundo, montanhismo e escalada não dá dinheiro. Estas são atividades difíceis que requer muita coragem, bom condicionamento físico e acesso à meios naturais. Eu não estou dizendo que ginásios são aberrações, pelo contrário, é o melhor meio para uma pessoa se tornar um bom montanhista, mas pra isso acontecer, ela deve assimilar a cultura do montanhismo.

O que houve foi que as pessoas não assimilaram esta cultura. Trocaram os fins pelos meios e quando a moda passou, os holofotes se apagaram, elas deixaram o montanhismo de lado.... Onde elas estão hoje? Ora, veja as atividades de "aventura" que estão atualmente na moda e tire suas conclusões...

Por fim, é até bom o fim da moda da escalada, mas é terrível suas consequências, pois infelizmente foi a grande quantidade de pessoas escalando que manteve aquecido as  vendas nas lojas e o funcionamento dos ginásios. Isso era bom, pois foi através deste dinheiro que locais como a Casa de Pedra foram criados. Mas só amor pela escalada não mantém grandes estruturas abertas e por fim a escalada como um todo saiu perdendo...

Não deixe de ler o artigo completo que escrevi sobre a temática em minha coluna no site AltaMontanha: Fechamento da Casa de Pedra e o cenário dos Ginásios no Brasil

20 de dezembro de 2009

Carta do Chefe Seatle: Primeira declaração ecológica




Em 1854, "O Grande Chefe Branco" em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma "reserva" para os índios.

A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente, é considerada a primeira declaração ecológica:

“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.
Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo, é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo a memória e a experiência do meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quando vão caminhar entre as estrelas.
Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra, pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da Terra e ela é parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo, a grande águia, estes são nossos irmãos.
Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei,  e o homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós.
O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugar onde poderemos viver confortavelmente.
Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos.
Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra.
Mas não vai ser fácil.
Pois esta terra é sagrada para nós.
A água brilhante que se move nos riachos e rios não é simplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais.
Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que ela é o sangue sagrado de nossos ancestrais.
Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que ela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagrada e que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisas da vida de meu povo.
O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios nossos irmãos saciam nossa sede.
Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças.
Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se de ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês,  e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmo carinho que têm para com seus irmãos.
Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras.
Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranho que chega à noite e tira da terra tudo o que precisa.
A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence,  segue em frente.
Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa.
Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.
O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhos são esquecidos.
Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, como coisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes.
Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto.
Não sei.
Nossas maneiras são diferentes das suas.
A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho.
Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.
Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco.
Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ou o ruído das asas de um inseto.
Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo.
A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos.
E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitário
de um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa.
Sou um homem vermelho e não entendo.
O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem,  todos compartilham o mesmo hálito.
O homem branco parece não perceber o ar que respira.
Como um moribundo há dias esperando a morte, ele é insensível ao mau cheiro.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritos com toda a vida que ele sustenta.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada,  como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o vento que é adoçado pelas flores da campina.
Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra.
Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não entendo de outra forma.
Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os matou da janela de um trem que passava.
Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fuma pode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamos para ficarmos vivos.
O que é o homem sem os animais?
Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão do espírito.
Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem.
Todas as coisas estão ligadas.
Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pés é as cinzas de nossos avós.
Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terra
é rica com as vidas de nossos parentes.
Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos,  que a Terra é nossa mãe.
Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra.
Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.
Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem – o homem pertence à Terra.
Isto nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.
Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.
Podemos ser irmãos, afinal de contas.
Veremos.
De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus.
Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo.
Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com o homem vermelho quanto para com o branco.
A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo por seu criador.
Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.
Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade,  queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista
das montanhas maduras manchadas por fios que falam.
Onde está o bosque?
Acabou.
Onde está a águia?
Acabou.
O fim da vida e o começo da sobrevivência.”

 Extraído de:

Troppmair, H. Biogeografia & Meio Ambiente. edição do autor. Rio Claro 2002.

18 de dezembro de 2009

Choveu? então vamos pra Kaverninha...




Eu fiquei muito tempo no interior de São Paulo e perdi muita forma e resistencia na escalada. Estive aproveitando estes dias para escalar na região de Curitiba e levei uma surra de vias que eu escalava com maior facilidade.

O Bom de Curitiba é que tem muito lugar pra escalar e as vias são alucinantes, mas o ruim é que aqui chove muito!

Pois bem, a sequência de dias bons acabou hoje e na chuva não restou outra opção senão queimar o braço numa academia da cidade (são 3!).

Hoje eu fui escalar na Kaverna, o novo ginásio de Curitiba que fica ao lado de casa. Este ginásio só tem boulder, que é algo que não me dou bem, mas treinando dá pra encarar.

Não fiz nada demais, apenas queimei um pouco de dedos de braços. Vou deixar umas fotos deste ginásio novo pra vc's conhecerem, ele é muito interessante, com um espaço bem aproveitado e bem econômico também! A diária custa 8 reais e a mensal apenas 40!

Uma pena que estou mais por São Paulo do que por aqui, senão eu iria lá todos os dias...










14 de dezembro de 2009

Catarinense de escalada




Neste fim de semana aconteceu a útlima etapa do Catarinese de escalada. Não posso deixar de dizer que é uma satisfação enorme poder ir assistir este campeonato. Primeiro por que as catarinenses são as mulheres mais gatas do Brasil e isso não é diferente na escalada (hehehe), depois porque Santa Catarina tem uma escalada de excelente nível.

Lá, os campeonatos tem várias etapas e todas são realizadas em cidades diferentes, distinto dos demais estados que só fazem campeonatos em suas capitais (bom, no Rio só tem em Niterói), mas enfim, isso mostra como em SC, há escaladores em todos os locais e que eles são comprometidos com a escalada, já que viajam pra competir e ainda aproveitam pra escalar na rocha no dia seguinte e conhecer seus locais de escalada.

Não posso também de deixar de fazer um elogio à atuação do Márcio dentro da recém criada FEMESC. Ele é muito mais do que só presidente, participa de campeonatos (tá certo que não ganha, mas lá em SC, isso é dificil mesmo!), é route setter, juiz e tudo isso pra um cara que gosta mesmo é de montanhismo!

O que também não pode ser esquecido é a atuação da Associação Pé na Agarra, que foi fundada há 10 anos atrás por Eleandro Pauli e Bruno Bruneli e que sem muito dinheiro e com muita vontade, ensinaram vários escaladores excelente a escalar. Hoje, estes meninos, Jonas, Jürgen, Andreas, Rodrigo, Victor são destaques do Juvenil. Aliás, o Andreas "Francês" tá ficando tão famoso que tem até uma imitação dele em Campo Alegre, o "Frances baiano"....

Enfim, deixo aqui o albúm de fotos deste campeonato muito legal! Em 2010 haverá até brasileiro de boulder em Campo Alegre e eu estarei lá!

Veja mais:

Ranking 2009 e fotos da etapa joinvilense do catarinense de escalada
Confirma como foi a Etapa Final do Catarinense de escalada
Muita vontade e muito apoio, mesmo com pouco dinheiro



11 de dezembro de 2009

O dia internacional das Montanhas no O Eco


Serra da Mantiqueira, vista da Pedra da Mina

O dia 11 de Dezembro foi considerado pelo ONU como o dia internacional das Montanhas, e os montanhistas será que eles tem o reconhecimentos de importantes instituições mundiais?

Veja que apesar de haver, ao menos, o reconhecimentos dos ambientes montanhosos como importantes locais para a manutenção do equilibrio e da vida na terra, as pessoas que trilham e conhecem bem estes ambientes sofre muito para conseguir ter o direito de continuar subindo montanhas.

É o caso do Brasil, onde há um grande embate entre montanhistas e órgãos ambientais, tudo por conta do conceito do governo de "Preservação" que vê a impossibilidade da presença humana em ambientes naturais, principalmente para interagir com ele e não apenas contemplar.

Leia a matéria do conceituado site O Eco, onde eu dou minha contribuição sobre o assunto:

É difícil alcançar o topo

10 de dezembro de 2009

E se o mundo estivesse esfriando?

Nessa semana fomos alarmados novamente que nesta última década tivemos as mais altas temperaturas dos últimos 160 anos. Nisso não há nenhuma novidade.

Somos diariamente bombardeados com dados sobre as mudanças climáticas globais. Mas no altamontanha fiz diferente: Resolvi esfriar o clima pra ver como fica...

Não que eu queira ser um "do contra" e nem que eu queira mostrar que o contrário, os resultados serão o oposto, pois a dinâmica do clima é muito complexa.

No final o que eu quero dizer com minha contramão é que para evitar grande tragédias, basta sermos um pouco mais humanos e evitar coisas inúteis... Mas o que o montanhismo tem a ver com tudo isso???

Veja a matéria completa aqui!



7 de dezembro de 2009

Montanhismo no vestibular

Quem foi que disse que montanhismo não é cultura? Pois bem, que lê o AltaMontanha terá boas chances de passar em medicina na Unifesp? Tá duvidando, então veja a pergunta que caiu no Vestibular da UEPB.



Não sabe a respota? então entra na seção técnica do AltaMontanha e estude um pouco...

 A dica e a prova nos foi concedida gentilmente pelo Ítalo de Campina Grande.

3 de dezembro de 2009

Novo Site do AltaMontanha, Rumos: Navegação em Montanhas

Alguns anos atrás, eu e o Maximo estávamos perdidos na Bolívia. Tínhamos recentemente descido do Illimani, fugido de uma tormenta terrível. Já faziam 10 horas que estávamos caminhando e queríamos chegar numa vila chamada Quillihuaya, onde havia um transporte para La Paz. Só havia um problema, eu não sabia onde ficava Quillihuaya.

Chegamos em um cruzamento de estrada e fiquei sem saber para onde ir, até que apareceu um índio e perguntamos a ele onde ficava Quillihuaya. Ele não respondeu nada...

Apontei para a direita e perguntei:

_ Quillihuaya é pra lá?

Rápidamente o índio me falou num aymaránhol

_ Sí

Pra confirmar apontei para o lado oposto e perguntei denovo:

_ Mas me disseram que era por ali?!

Ele respondeu denovo:

_ Sí

Fiquei pasmo. Já estava cansado, com bolhas nos pés. A única coisa que eu queria era chegar em La Paz e comer algo gostoso. Perguntei denovo para o índio:

_ Afinal, onde fica Quillihuaya?

Ele não demorou em dizer:

_ Ahycitos no más!

Ahycitos é para os bolivianos a mesma coisa que para os mineiros é "pertin", "logoli sô". Mas para nós é a mesma coisa que "vai toda a vida"... Este ahycitos me perseguiu durante muitas outras vezes na Bolívia, isso porque na maior parte das montanhas de lá, e da América do Sul, as pessoas não dão informações para os montanhistas, aliás, dão, se vc não pagar bem.

Agora este problema acabou. Estamos liberando um segredo guardado a 7 chaves por guias e agências de  montanhismo. Ninguém mais vai sofrer pela falta de informação, chegou o site Rumos: Navegação em montanhas.





1 de dezembro de 2009

Matéria na Aventura & Ação. Não percam!!!

Oi Pessoal, passei aqui só para divulgar a matéria que saiu na Revista Aventura & Ação deste mês.


A revista já está nas bancas, ficou muito legal!!