Blog do Pedro Hauck: novembro 2008

27 de novembro de 2008

Chuva e impressões sobre o Rio



Fui vencido pela chuva, ela de novo, estrangando meus planos...

Que segundo semestre mais chuvoso foi esse?

E eu, que fugi da água do Paraná e vim tomar chuva no Rio...

Sem poder escalar, fui dar umas voltas pela cidade. O Rio é uma cidade muito maluca, a começar pelo relevo. Poucos lugares tem uma morfologia tão peculiar com montanhas rochosas tão próximas do mar e um litoral repletos de lagoas que são antigas enseadas fechadas pela areia da praia.

Em meio a um contexto deste, existe uma cidade com mais de 5 milhões de habitantes. Muita gente para pouco espaço. São prédios e mais prédios esprimidos entre as montanhas e o mar. O Rio é uma cidade divida pelo Norte e Sul.

A zona sul é um oásis de riqueza. Todo mundo quer morar lá! Talvez seja por isso que lá tudo seja tão caro. Desde o preço dos apartamentos até mesmo o preço de se estar lá, como ficando em uma pousada, comendo em um restaurante ou estacionando seu carro. Lá tudo é inflacionado!

No meio da cidade, temos uma Serra recoberta por uma floresta tropical densa. Trata-se do Maciço da Tijuca que é um Parque Nacional e a maior floresta urbana do mundo. Ela divide o Rio do Sul com o Rio do Norte, a periferia da cidade.

O Norte do Rio é uma região totalmente diferente do sul. Lá as ruas não são arborizadas e não tem praia. Para além da zona norte ficam os municipios da região metropolitana, Nova Iguaçu, com seus 1 milhão de habitantes, Duque de Caxias, centro petroquimico e industrial, Belford Roxo, Queimados, Magé... cidades dormitório.

Algumas destas cidades têm economia própria, outras são a extensão do próprio Rio, que empurrou sua população para mais longe, sem que muito quisessem, apenas por que lá é mais barato morar.

Há gente que não concorda em andar de "Central do Brasil" que é o trem metropolitano, nem mesmo de ônibus. Transporte no Brasil vc's sabem como é: Caro e ineficiente. Para muitos, morar num morro ao lado do centro, ou melhor, da zona Sul, é muito melhor. Mesmo que lá a energia elétrica seja um gato e não haja saneamento básico. Por fim, lá não se paga IPTU e o trabalhador está do lado do trabalho, sem os malditos ônibus. Há também outros benefícios, como a TV a cabo roubada e a vista. Sabe quanto custa um ap com vistas para o Atlântico? e um barraco?

As favelas, ou comunidades, como preferem os politicamente correto, são lugares que favorecem a defesa. Na antiga Paris da época da revolução, elas foram cruciais para que no final o rei tivesse sua cabeça cortada. Quem é que consegue invadir uma favela? O Bope? Quem domina a Favela? Bom, as favelas de Paris foram todas destruidas pelo Le Corbuisier, o que facilitou e muito a vida de Hitler mais tarde...

Eu tinha um professor de sociologia que dizia que incluído é aquele que paga imposto. Para o caso do Rio acho que é uma verdade, pois as favelas não são controladas pelo Estado, elas são um Estado paralelo, com leis próprias. Dizem que rouba dentro da Favela é crime punido pela lei do cão. Se é, eu não sei, pois só vi as Favelas. A má fama faz com que eu não tenha vontade, ou melhor, tenha medo de conhecer sua realidade.

O que vi no Rio é que aqui é um lugar muito bonito. Para mim, que sou escalador, um lugar para sempre voltar. Entretanto tirando o relevo e a natureza, urbanisticamente o Rio é um caos. É uma pena ver uma cidade tão bonita, mal cuidada, com casarões históricos caindo aos pedaços, um trânsito infernal, e tanta diferença e indiferença social.

No Brasil criou-se um estigma de que o brasileiro é um individuo alegre, sempre sorridente e de bem com vida, que gosta de samba, que sempre dá um jeitinho de sair das dificuldades da vida, que tem uma marra e malandragem, algo que popularmente chamamos de "jeitinho brasileiro". Eu que nasci e cresci no interior de São Paulo e vivo agora em uma capital do Sul, nunca me senti um "típico" brasileiro, apesar de não negar a influência, apenas não sou como é o rótulo. Nosso país é muito grande e muito diverso. Depois de minhas andanças pelo Rio, percebi que este estigma é o estigma do carioca normal, que alguém, talvez uma emissora de TV que é sediada nesta cidade e que por sinal é a mais influente no país, tenha colocado em nossa cabeça que somos todos assim...

O Brasil tem tudo o que o Rio tem em sua formação, mas o Rio é o cúmulo do Brasil.

Escalando quando o tempo deixou

Ah, se o tempo tivesse ficado sempre assim...

Um dos raros momentos em que o Pão de Açucar pôde ser visto sem nuvens.

O velho e o novo.

Parte da História preservada: A biblioteca Nacional.

Sina de cidade grande (Na Amérca latina.

Arcos da Lapa.

Santa Tereza.



Santa Tereza.

Neblina no Parque da Tijuca. Fui com a camisa do Corinthians e ninguém me xingou de paulista!

24 de novembro de 2008

Pegando chuva no Rio

Acho que este meu segundo semestre foi o pior em 10 anos quando o assunto é chuva. Em Curitiba, contei 14 fins de semana seguidos com chuva ou no sábado, ou no domingo, mas na maioria destes 14, com chuvas no sábado e domingo!

Querendo me livrar da má sorte com o tempo, saí do Sul, andei 888 Km até o Rio, pra ver se no sudeste o sol dá as caras e advinha: Chuva!

Em Curitiba há um ditado que fala que lá, depois de dois dias de chuva, vem a Segunda Feira. Aqui no Rio choveu o fim de semana inteiro e na Segunda também, veja só como ficou o morro da Babilonia:

Tacio subindo a primeira enfiada da Reinaldo Behnke

Vivian indo de segundo na Ricardo Prado

Durante a chuva

Sem comentários!

19 de novembro de 2008

Inaugurando um novo blog em espanhol!

Olás, o mejor hola amigos!

Estou inaugurando um novo blog, mas desta vez em espanhol para nossos amigos vizinhos e também para os espanhóis.

Este blog está hospedado no site da Barrabés, que é um dos melhores portais de escalada e montanhismo da Espanha.

A idéia é fazer um blog falando da escalada em nosso lindo país e também em nossos vizinhos, já que tanto a Barrabés e a Desnível tem um foco mais voltado para a Europa, mas há muitos europeus que desejam mudar de horizontes, mas eles pouco sabem sobre nossa cultura de montanha e de nossos locais de escalada.

Viajando pela Argentia, Bolívia, Chile etc. Eu sempre vejo muitos estrangeiros que vem para cá só para escalar. Eles pegam um avião até São Paulo e de lá até Santiago, Lima, La Paz, Bs. As. etc... Eles passam pelo Brasil e nem se quer sabem que em nosso país tem locais maravilhosos para escalar.

Infelizmente somos um país que não valoriza a montanha, sempre fizemos uma propaganda de que só temos praia, mas na verdade, por mais que tenhamos um litoral de 9.198 Km de praias, temos muito mais do que isso de parede de escalada e em diversas litologias: Granito, Gnaiss, Calcário, Arenito, Diabásio, Basalto, Conglomerado.... e diversos estilos, do Boulder ao Big Wall.

O endereço do novo blog é: http://red.barrabes.com/pedrohauck

Visitem!!

18 de novembro de 2008

Escalada subtropical en el país de las playas

Publicado em: http://red.barrabes.com/pedrohauck

Brasil es reconocido por las playas y el paisaje tropical, pero no solamiente de fiesta, mujeres hermosas y el fútbol vive el brasileño. Si notás la tarjeta postal más famosa del país, con el Pan de azúcar en Rio, vas a ver roca y no la playa... Bueno es eso que quiero decir, Brasil también eres el país de la roca.

La escalada en Brasil se ha iniciado en el siglo XIX, pero la cultura del montañismo, se puede decir, es más recién y ha empezado en dos lugares: Rio de Janeiro y Curitiba.

Rio de Janeiro ya es re conocido, es el centro urbano con mayor concentración de rutas de escalada en el mundo, desde desportivas con dificultad hasta el 8c y tradicionales de varios dias en la pared. Pero Curitiba? Pocos conocen la cultura y la ciudad del sur.

Curitiba es la capital del Estado de Paraná, es una gran ciudad con más de 2 millones de habitantes con población casi toda de origen europea, con muchos imigrantes polacos, ukranianos, alemanes y italianos. Al revés de Rio, Curitiba está ubicada en un Planalto a casi mil metros de altitud, con clima subtropical frio y rodeado por sierras, donde el montañismo y la escalada se ha desarollado bastante.

Los mejores montañistas de gran altitud son de Curitiba, como Waldemar Niclevicz (6 ocho miles), Irivan Burda (3 ocho miles), Ronald Franzen "Nativo" (conocido andinista), Gil Piekarz (ha intentado el Everest), Mauricio Clauzet y otros como yo, que con solamiente 27 años he realizado 10 expediciones a los Andes y he hecho más que veinte cumbres por Argentina, Chile, Bolívia.

Ademas del montañismo de expedición. Aca es destacado la escalada. En la ciudad de Curitiba tenemos 3 gimnasios de escalada, incluso el más grande de america latina. Además de eso, tenemos mucha roca para empezar, el Cerro Anhangava que es una pequeña montaña de granito con rutas desportivas pero con un espiritu de tradicional. Allá tenemos rutas fáciles para principiantes y también otras muy duras de 7c o más. Por eso el Anhangava es el "campo escuela de Paraná".

Al otro lado de la ciudad, en una escarpa de arenisca, queda la ciudad de São Luis do Purunã, donde se se concentran la mayor parte de las escaladas desportivas, son más de 400, divididas entre 5 sectores, con proyectos de se hacer uno más.

El sector 3 de São Luis do Purunã es el más grande, com más de 70 rutas, la mayoria utilizando empotradores, mezclando técnicas tradicionales con rutas de gran nivel de dificultad.

El Marumbi es el cerro donde se inició la escalada en Paraná y allá es el centro de la escalada tradicional de grandes paredes y aventura.

Además esta montaña, tenemos la pared de rocha más grande del sur de Brasil, el Ibitirati, un Cerro de casi 2 mil metros de altitude que empeza en el nivel del mar.

Dentre las dificultads de estas montañas está el clima lluvioso y frio de la región del planalto. Aca nuestras rocas son rodeadas por hermosas Forestas de Araucarias, que son árboles consideradas fóssiles vivos aun que son originárias del Triássico.

Bajando la Sierra para la Costa, el clima sufre una tropicalización y nuestra "Sierra del Mar" que es el lugar más lluvioso de Brasil, donde está la hermosa Foresta Atlântica, por donda hacemos grandes travessias desde las cumbres heladas, hasta las bajadas cálidas.

Curitiba vive el montañismo y hace la história de nuestra actividad no solamiente en Brasil como también en toda America Latina, conozca y viva nuestras rocas, montañas y paisajes.

Mire más en:

www.altamontanha.com - El mejor sitio de noticias acerca escalada y montañismo de Brasil. www.gentedemontanha.com - Mi sitio personal junto com Maximo Kausch, expediciones a los Andes. www.pedrohauck.net - mi blog personal

El Marumbi

El Ibitirati, la pared más grande del sur de Brasil

El Pico Paraná (al fondo), lo más alto de la Sierra del Mar

Escalando un 6c en el granito del Anhangava

Escalada en São Luis do Purunã

São Luis do Purunã.

16 de novembro de 2008

Clima, tempo, chuva e sol

Tempo é a condição metereológica atuante em dado momento e clima é uma sucessão de estágios de tempo. O tempo muda o tempo todo. O clima não muda tão fácil assim não. É por isso que, mesmo diante de tantas mudanças nos estágios de tempo, muita gente diz que não há mudanças climáticas globais.

Se há ou não mudanças climáticas, meu objetivo não é falar nisso. Mas sim falar mal de como anda o tempo em Curitiba.

Até este fim de semana eu tinha contado 13 fins de semana seguidos de chuva. Neles choveu ou no sábado, ou no domingo ou nos dois dias. Para este fim de semana, até na quinta feira, era previsto chuva, entretanto, estragando meus planos, fez sol e bastante.

Eu estava quase saindo para ir escalar em São Luis do Purunã quando o Hilton me ligou convidando para ir ao Anhangava. Eu gosto muito de ir lá, mas no verão o calor por lá é de foder! Mesmo assim eu fui e advinha, me fudi...

Se o sol não dava as caras pelo Anhangava por muito tempo, ele resolveu tirar o atraso em um só dia.

Se no sábado fez sol, domingo o tempo foi totalmente diferente.

O dia amanheceu nublado e aí sim, fui para São Luis. Chegando lá, frio e vento...

Escalamos o dia inteiro e no fim da tarde, chuva.

Há um ditado que diz que em Curitiba depois de dois dias de chuva, vem a segunda-feira. Neste fim de semana foi diferente, fez chuva, sol, calor, frio... normal pra quem é daqui, mas uma loucura. Como choveu no fim da tarde de domingo, logo estamos no 14 fim de semana seguido de chuva...

O Primeiro Planalto, com Curitiba ao fundo, visto desde o Anhangava

Karla fritando no granito

Hilton e Natan na Solanjaca

Estradinha para São Luis no Domingo... (diferença não!)

Karla na Rainha do Abismo.

Ilusão de ótica

Hamburguer

Crux da Hamburguer, preciso crescer um pouco mais....

14 de novembro de 2008

Arenitos de Vila Velha: Relevo Ruiniforme e paisagem de exceção

Alguns lugares chamam muito atenção devido a afloramentos rochosos que assumem formas enigmáticas, um destes lugares é o Parque Estadual de Vila Velha em Ponta Grossa - PR.

Vila Velha é um típica sítio de relevo ruiniforme, ou seja, são formas de relevo em estágio final de erosão. Assim como Vila Velha, há muitos outros sítios de relevo ruiniforme no Brasil, como o Parque Nacional de 7 cidades no Piauí, o salão de Pedra em Conceição do Mato Dentro em Minas, e também a Chapada dos Guimarães no Mato Grosso, entre outros.

Todos estes lugares (menos Conceição do Mato Dentro, que é quartzito) tem em comum a litologia sedimentar de arenito, que é uma rocha pouco resistente.

A história morfológica destes lugares passou por diversas fases e processos erosivos, desde processos morfogenéticos, que são aqueles de climas secos e também pedogenéticos, em climas úmidos.

Entretanto o que chama atenção, no caso de Vila Velha, são os sulcos provocados por água com grande energia, o que indica que no topo dos arenitos havia um grande planalto que drenava uma grande quantidade de água que caía exatamente naquele local, provocanado grandes cachoeiras que sulcaram todo o arenito. O estranho é que este arenito, que era o limite daquela escarpa, ainda está lá, enquanto que tudo o que havia para trás foi erodido, o que mostra que aquele arenito em especial é mais resistente, ou seja, mostra que ali ocorreu uma erosão diferencial.

Em todos os locais da ocorrência destas formas fantásticas, há interpretações fantasiosas sobre suas origens. Fala-se em extraterrestres, Egípcios e Fenicios trabalhando para erguerem monumetos e por ai vai. A criatividade popular é muito grande para explicar as origens e também para ver formas, daí o nome das formações, como Taça, Bota, Garrafa...

Estes sítios de relevo em ruínas são paisagens dotadas de grande excepcionalidade. Mais do locais propícios para conduzir estudos geomorfológicos de processos e de história do relevo, devemos enxergar a totalidade da paisagem e notar quão excepcional se comporta a geoecologia destes locais.

Em Vila Velha encontramos espécies arbóreas endêmicas dos Planaltos meridionais e subtropicais do Brasil, mas também encontramos espécies de gramíneas e palmeiras típicas de cerrado. Temos Araucárias, mas temos também Angicos e Perobas tipicas da Mata Atlântica, isso pra não dizer em cactaceas, cuja origem eu ainda não sei dizer, mas que é uma vegetação relictual de um clima mais seco que existiu na região durante o começo do Holoceno, já que no Pleistoceno terminal as médias de temperaturas por lá deviam ser muito baixas para a existência de espécies suculentas.

Tenho muito a dizer sobre esta paisagem. Esta será minha missão até Abril do ano que vem. Estou escolhendo a região de Ponta Grossa como área laboratório para comprovar uma hipótese sobre como se comportou a paisagem na região com as mudanças ambientais que existiram há 10 mil anos atrás em decorrência do último máximo glacial. O que tinha nesta época e como a paisagem se transformou para aquilo que nossos avós conheceram, já que vou ignorar a história ecológica da ação antrópica, quero apenas saber da originalidade (uso de histórico solo fica pra quem se interessar depois).

Enfim é isso, vamos por a mão na massa.

Meu amigo engenheiro florestal e montanhista Marcelo Brotto, está dando uma grande ajuda na pesquisa. Em foto, portando um podão devidamente autorizado para coleta.

Uma fisionomia aberta próxima aos afloramentos de arenito.

Um belo paredão bastante sulcado por paleocachoeiras.

Um campo edáfico, fisionamia aberta condicionada a solos hidromóficos.

Um Capão de Araucárias com espécies de Syagrus, que são coqueiros comuns em climas mais quentes.

Incontestável testemunho de uma paleocachoeira, a chamada "Garrafa". (E não é que parece!)

Mais arenitos em ruinas.

Mais formas esculpidas por água.

Uma falha geológica. Assim como esta, várias outras serviram de ponto de incisão para a erosão e penetração de água.

Paisagem ruiniforme dos arenitos.

Mais formas em ruinas.

Formas que são relativas à climas secos e deserticos, com dias quentes e noites frias (ao exemplo do Saara). De Dia o arenito se dilatava como calor e a noite se contraía, com o tempo formou-se este desplacamento em forma de escamas, comuns em muitos sitios de relevo ruinifiorme. No Piauí popularmente são chamados de "cascos de tartaruga", mas no Paraná está bem suavisado pelo clima mais umido atual.

A famosa Taça. Este é um monumento que restiu a muitos eventos erosivos, dentre eles, pode ser que tenha ocorrido jatemento de areia em um antigo deserto que adelgou a base do arenito. Com o clima (mais ou menos) umido dos ultimos 1,5 milhões de anos, ele arredondou-se e ficou mais suave. Em lugares deserticos, como o Atacama, é comum achar estes monumentos com o nome de "cogumelo" devido a forma bem peculiar.

Estas microformas (pequenos Tafonys) são indicios de um jateamento de areia numa época seca.

Uma furna, um relevo karstico em rocha não carbonática (arenito). Neste local havia uma caverna que teve seu teto desabado. Fora estas formas karsticas, há na região muita dolina de dissolução e sobre elas campos edáficos, pois o solo é hidromórfico.

8 de novembro de 2008

Florianópolis sem praia

Em decorrência do XII Simpósio de Paleobotânica e Palinologia estive em Florianópolis nesta última semana.

Sabendo unir o útil ao agradável, aproveitei as brechas de tempo livre e fui curtir o que Florianópolis tem de melhor a ofecer: Escalada é claro!

Conheci apenas dois lugares, a falésia da Barra da Lagoa e o Morro da Cruz. Parece pouco, mas para quem há tanto tempo vem sofrendo com as chuvas, fiquei super contente em ter escalado nestes novos lugares para mim, que além de serem super bonitos, ainda têm vias de ótima qualidade.

Olha que Floripa ainda tem mais lugares. Na Barra da Lagoa ainda tem mais um setor, no continente tem a Pedra Branca, onde estão as vias mais longas e a Pedreira do Abraão, que foi transformada em parque com iluminação e tudo mais, mas que depois foi fechado pela própria prefeitura.

Também foi muito bacana poder escalar com o pessoal local, como a Eliza, que também faz mestrado em Geografia e pode rever outras pessoas, como a Alessandra e o Biro Biro, escalador curitibano que mora em Floripa.

Escalar em Florianópolis é tão bom que só depois que eu peguei a Briói (coisa de manézinho da ilha) pra voltar pra Curitiba, que eu lembrei que a cidade fica numa ilha e que ilha tem praia...

Para quem planeja ir à Santa Catarina viajar, sugiro que entrem no site da Associação Catarinense de escalada (ACEM) e pegue os croquis dos lugares. A Barra da Lagoa é um dos lugares onde tem pousadas mais em conta. Há campings também, sem falar em rocha, que há por toda a ilha!

O distrito da Barra da Lagoa visto de cima do morro.

Vista da Falésia da Barra da Lagoa

A Base das vias, perto do mar

Setor 2, Barra da Lagoa

Rocha e mar

Vista do afloramento do Morro da Cruz e reflexos da chegada do verão: Rocha babada.

Eliza de segundo na Bob Pai, 7b.

Fim da Bob filho, 7A.

No Simpósio com Herman Behling. Aliás, fui a Floripa para estudar e não escalar. Todo mundo tem seu momento nerd e o Behling vai ajudar e muito na minha dissertação.

Centro de Floripa

Avenida beira mar antes de chuva.

Centro de Floripa desde a Avenida Beira Mar.

Vista para o continente desde o topo das vias do Morro da Cruz.