Acordamos cedo e como era de se esperar houve bastante muvuca para organizar a bagagem de todos os 45 membros do trekking. Nos dividimos em várias vans e driblando o trânsito da rua chegamos ao aeroporto
O terminal de vôos domésticos estava lotado, tipo filme indiano. Ficamos um tempão esperando o desembaraço para voar. Enfim quando entramos no terminal de embarque Ficamos sabendo que nosso vôo havia sido remarcado para as 11 horas. Mas qual?
Como o grupo era grande, tivemos que fretar 3 aviões. Isso porque o aeroporto de Lukla é minúsculo e só pousa teco teco.
Meu avião foi o último a decolar. Depois das 13 horas. Um ônibus nos levou até a pista onde embarcamos num bi motor. Ele tinha um corredor e de um lado apenas uma fileira de cadeiras, e no outro duas.
Após mais uma enrolação, enfim decolamos e o caos urbano de Kathmandu foi ficando pra trás. Fomos entrando numa periferia com ruinhas de terra onde casas se alternam com plantações de arroz e enfim passamos a sobrevoar colinas, estas ainda bastante habitadas.
Bum determinado momento o avião fez um rasante para atravessar um passo e pouco tempo depois a aeromoça nos informa que iríamos pousar.
O avião vai descendo um vale e enfim toca a pista, chega na cabeceira e começa a retornar. Não parece Lukla. Em inglês ouço "this is not Lukla". E não demora para repercutir em nossa língua.
O avião estaciona e o piloto nos informa: Em Lukla está ventando muito. Vamos esperar o tempo melhorar para decolar de novo. Talvez às 15 a gente consiga voar....
Ligo o celular e vejo que pega 3g. Pelo Google vejo que estamos em Ramjatar. O aeroporto é menor que uma rodoviária, não tem nada a fazer a não ser esperar. Tomados pela preguiça deitamos embaixo da asa do avião e ficamos batendo papo e descansando.
Lá pelas 4 o piloto voltou e enfim conseguimos voar e pouco depois de 20 minutos fizemos um pouso tranquilo no famoso aeroporto de Lukla.
Apressados comemos alguma coisa e logo começamos a andar o resto do grupo já havia saído. Tínhamos uma reserva num lodge em Phakding, 2:30 horas depois.
Saímos quase tropeçando do aeroporto e cruzamos a cidadezinha de Lukla, que tinha um centrinho muito charmoso com lojas, restaurantes e cafés. A atmosfera é excelente, uma energia muito positiva. Estava no começo do trekking do mais famoso do montanhismo que já lia a respeito desde que era adolescente.
Saio na trilha junto com Pemba e a Karina e aproveito para perguntar tudo para nosso Sherpa. O nome das árvores, dos animais e das montanhas que dava pra ver.
A caminhada flue tranquilo. Todos andando com bom ritmo perdendo tempo para fotografar e filmar a pitoresca paisagem até que noite nos pegasse.
Um sherpa começou a se destacar pela felicidade e bom humor. Pasang na verdade era filho de um sherpa com uma tamang. Ele falava além das duas línguas, o nepali, que descende do hindu e inglês muito bem. No caminho fomos ensinando português pra ele:
_ Vai corinthians
_ mexe a bunda
_ Vamos vamos Brasil.
Foi isso o que ele aprendeu na primeira noite.
Chegamos em Phakding a tempo de jantar com o resto do grupo.
Conversamos bastante e logo fomos para nosso primeiro pernoite na trilha
Esperando no aeroporto de Kathmandu |
Tirando uma fina com a montanha |
Aeroporto de Ramjatar |
Aeroporto de Lukla |
Centrinho de Lukla |
Enfim trilha! |
Enfim trilha |