:: Acompanhe a expedição desde o começo
:: Leia o relato anterior
Ao término da expedição ao Mercedário, nem tivemos tempo de comemorar o sucesso ou mesmo descansar. Passamos apenas um dia em Mendoza, lavando utensílios de cozinha, preparando equipamentos, comprando coisas que faltavam e arrumando roupas e barracas. Mal deu tempo de comer e lá estávamos nós novamente na estrada. Desta vez para ir ao Chile cruzando o Paso San Francisco pelo norte argentino.
Adentramos a Província de San Juan e por estradinhas secundárias fomos parar em San Augustin del Valle Fértil, conhecido por ser a terra das azeitonas e também cidade sede de dois parques nacionais com paisagens lunares: Talampaya e o Valle de la Luna, famosos por suas esculturas naturais em rocha que formam o famoso "
relevo ruiniforme".
Cruzamos a divisa de províncias e vimos o sol cair um pouco depois de Patquia, para jantar num restaurante bom e barato em La Rioja, a capital da província de nome homônimo, terra do ex presidente Menén e que é bastante pobre. Fomos dormir na cidade de Aimogasta, uma das "maiores" daquela pacata província, mas que segue o caminho de sua capital. Tímida, retraída e quase que dependente de uma única fonte de renda, o óleo de Oliva.
Continuando no dia seguinte, fomos parar em Fiambalá, uma pequena cidade, velha conhecida das aventuras andinas, pois é a cidade base para a Ruta 60 que cruza a fronteira no famoso Paso San Francisco. Esta é a "rota dos seis mil" pois devem haver pelo menos umas 20 montanhas acima desta altitude por lá.
Rodamos toda a estrada pelo lado argentino sem problema e ao fazer os tramites de fronteira quase tivemos o carro apreendido, pois descobri que numa das idas e vindas da Argentina, fizeram um documento de transito para o meu carro que é apenas feito para veículos chilenos e que na fronteira brasileira não deram baixa. Ou seja, meu carro estava ilegal na Argentina. Por sorte era tão absurda a regra que nos deixaram passar.
O trecho final de Andes, descendo pelo lado chileno do Paso San Francisco, é o ais "feinho" de todos. Há muitas mineradoras daquele lado e a estrada é bastante "mexida" tirando os aspectos da paisagem natural original. Após dois dias de viagem chegamos à Copiapó, a capital do Atacama, nos pés dos Andes e no meio do deserto. Nossa cidade base para escalar o Ojos del Salado, o vulcão mais alto do mundo.
:: Continua
|
Roteiro da viagem. Fonte Google Maps |
|
A caminho de San Augustin del Valle Fertil, ainda na província de San Juan |
|
Cruzando uma zona de Badenes, que são depressões na pista feitas para escoar água em lugares áridos. |
|
Procurando sinal, mas não há! |
|
Chegando na Província de La Rioja. |
|
Avistando os Andes. Olhe bem e verá que acima das nuvens há montanhas!!! |
|
Muitos afloramentos interessantes no caminho. |
|
Mergulho das camadas. |
|
Curtindo a geologia dos Andes. Da série, o que o tectonismo faz por você! |
|
Mergulho de verdade! |
|
Paisagem desértica na borda da ruta 60. |
|
Subindo os Andes em Catamarca. |
|
Nevado San Francisco. Talvez o 6 mil mais fácil que existe. Embora neste momento ele esteja sem neve, ele é nevado de verdade! |
|
Cruzando a fronteira! |
|
Refúgio Laguna Verde e a Laguna verde ao fundo. |
|
Morto de sede. Assim é o deserto! |