Após termos escalado o Nevado de Cachi, começamos a nos organizar para dar continuação à viagem e à nossa série de ascensões em montanhas no Norte da Argentina.
Nosso plano para hoje, dia 26, era de percorrer os quase 600 km de distância entre Cachi e a cidade de Antofagasta de La Sierra, localizada em plena puna de Catamarca e rodeada por vulcões de mais de 6 mil metros de altitude.
O plano veio água abaixo pelas belezas da parte Sul do vale de Calchaqui, entre Cachi e a cidade de Cafayate, cerca de 180 km que foi impossível de fazer sem parar muitas vezes para fotografar e admirar a paisagem.
Primeiramente foi a beleza histórica do lugar. Ninguém imagina, mas este rincão árido já era habitado pelos índios há mais de 10 mil anos, foi conquistado pelos Incas por volta de 1450 e em 1540 já estava sob domínio espanhol, que ergueu diversas cidades coloniais, muitas ainda bastante preservada, como Molinos, que ainda tem uma igreja do século XVIII.
Não é só isso, a ruta 40, que corta o vale de Norte a Sul, ainda corta várias formações sedimentares, de arenitos e tilitos bastante dobrados e basculados, numa paisagem que parece a lua.
Se não bastasse, o final deste tramo, ainda é marcado pela produção de vinhos de excelente qualidade. A bodega Quara, que faz vinhos muito bons, são daqui!
Resultado, não foi hoje que voltamos à Puna! Os motivos, vejam abaixo:
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Igreja Colonial em Molinos. Construção do século XVIII |
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Parte do vale de Calchaqui onde é cultivada uvas para vinho. Finca El Carmen. |
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Trecho da Ruta 40 onde começa o Monumento Natural de Angastaco |
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Arenitos basculados de Angastaco. |
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Quebrada de las Flechas. |
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Paisagem lunar em Angastaco. |
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As camadas mergulham aqui a 55 graus. |
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Beleza e rusticidade no deserto. |
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Praça principal (provavelmente se chama Plaza San Martin) em Cafayate. |
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Igreja com apresentação a noite. |
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