O rio Tapajós encontra o Amazonas exatamente em frente a Santarém no Pará. Este encontro de águas igual ao do encontro do Rio Negro e Solimões em Manaus, mas obviamente muito menos conhecido. O Tapajós é o rio Negro do Pará, tem águas escuras, mas cristalinas e ao longo de sua margem há diversas lagoas com praias de areia branca e muita beleza.
Situado a cerca de 30 Km de Santarém, Alter do Chão é um dos locais mais bonitos do rio, ali existem algumas lagoas de fundo limpo da matéria orgânica (por causa da existência de cerrados) e alguma proteção contras as temidas Arraias. A água rasa fica com cor clara e é tão paradisíco que Alter é chamado de Caribe da Amazônia.
Óbvio que por Alter ficar tão próximo de uma cidade grande há muita farofagem, mas nada que altere sua beleza hipnotizante, ainda porque a cidade grande próxima não é nenhuma metrópole, ainda bem!
Entretanto a beleza do Tapajós não se restringe apenas á sua foz, suas praias estão presentes em muitos outros lugares rio acima, lugares estes que são pouco habitados. Para terem uma idéia, subindo até o Mato Grosso existem pouquíssimos municípios ao logo do rio, de cabeça posso citar apenas Aveiro e Itaituba, que é onde a Transamazônica cruza este grande rio.
Não há cidades no Tapajós, mas há muitas comunidades e uma delas foi meu destino no começo desta semana: Jamaraquá, comunidade tradicional ribeirinha localizada dentro de uma Unidade de Conservação, a Floresta Nacional do Tapajós.
Conseguimos um negócião para ir até Jamaraquá. Através de Moisés, que é o menino que cuida do Albergue da Floresta em Alter, conhecemos o Iracildo, um morador do local que é dono de um barco. Ele leva as pessoas pelo rio, oferece alimentação (muito boa) e abrigo em sua casa (para dormir de rede). Ficamos bastante em contato com a comunidade e com a sua família, foi uma experiência muito boa, pois eles são pessoas que irradiam alegria e felicidade e nos recebeu muito bem. O Iracildo é uma pessoa muito excêntrica, vou falar melhor dele em outra oportunidade.
Logo no começo da viagem pudemos notar o gigantismo do rio Tapajós, que em sua foz, tem um dos canais fluviais mais largos do mundo, com mais de 10 Km entre uma margem e outra sem ser interrompida por uma ilha, é impressionante não conseguir enxergar a outra margem do rio. Tão largo e tão fundo que parece mar, ao ponto que várias vezes esqueci que não estava no litoral, mas sim no centro do continente. Estes sistemas fluviais amazônicos são tão monstruosos que não é por menos que os portugueses chamavam o Amazonas de rio mar. O Tapajós, mesmo sendo afluente, não deixa a desejar neste sentido.
Várias vezes acontecem de animais marinhos entrarem no Amazonas e aparecerem em algum Igarapé milhares de quilômetros à montante. Não é incomum pescadores peruanos acharem tubarões e certa vez, uma baleia Mink apareceu morta numa praia do Tapajós. Neste último caso, foi uma raridade, mas é não é raro acharmos outros cetáceos neste rio, eu mesmo pude ver alguns botos.
Viajei três horas Tapajós acima, cruzamos por pouquíssimas embarcações e nesta pequena amostra deste grande rio, deu pra nutrir uma admiração e vontade de explorar mais o Tapajós. Logo, já estávamos deixando o rio para entrar num Igarapé, onde Iracildo estacionou o barco e nos levou até a sua casa na Floresta, onde enfim, depois de tanto percorrer este nortão, encontrei a Amazônia...
Situado a cerca de 30 Km de Santarém, Alter do Chão é um dos locais mais bonitos do rio, ali existem algumas lagoas de fundo limpo da matéria orgânica (por causa da existência de cerrados) e alguma proteção contras as temidas Arraias. A água rasa fica com cor clara e é tão paradisíco que Alter é chamado de Caribe da Amazônia.
Óbvio que por Alter ficar tão próximo de uma cidade grande há muita farofagem, mas nada que altere sua beleza hipnotizante, ainda porque a cidade grande próxima não é nenhuma metrópole, ainda bem!
Entretanto a beleza do Tapajós não se restringe apenas á sua foz, suas praias estão presentes em muitos outros lugares rio acima, lugares estes que são pouco habitados. Para terem uma idéia, subindo até o Mato Grosso existem pouquíssimos municípios ao logo do rio, de cabeça posso citar apenas Aveiro e Itaituba, que é onde a Transamazônica cruza este grande rio.
Não há cidades no Tapajós, mas há muitas comunidades e uma delas foi meu destino no começo desta semana: Jamaraquá, comunidade tradicional ribeirinha localizada dentro de uma Unidade de Conservação, a Floresta Nacional do Tapajós.
Conseguimos um negócião para ir até Jamaraquá. Através de Moisés, que é o menino que cuida do Albergue da Floresta em Alter, conhecemos o Iracildo, um morador do local que é dono de um barco. Ele leva as pessoas pelo rio, oferece alimentação (muito boa) e abrigo em sua casa (para dormir de rede). Ficamos bastante em contato com a comunidade e com a sua família, foi uma experiência muito boa, pois eles são pessoas que irradiam alegria e felicidade e nos recebeu muito bem. O Iracildo é uma pessoa muito excêntrica, vou falar melhor dele em outra oportunidade.
Logo no começo da viagem pudemos notar o gigantismo do rio Tapajós, que em sua foz, tem um dos canais fluviais mais largos do mundo, com mais de 10 Km entre uma margem e outra sem ser interrompida por uma ilha, é impressionante não conseguir enxergar a outra margem do rio. Tão largo e tão fundo que parece mar, ao ponto que várias vezes esqueci que não estava no litoral, mas sim no centro do continente. Estes sistemas fluviais amazônicos são tão monstruosos que não é por menos que os portugueses chamavam o Amazonas de rio mar. O Tapajós, mesmo sendo afluente, não deixa a desejar neste sentido.
Várias vezes acontecem de animais marinhos entrarem no Amazonas e aparecerem em algum Igarapé milhares de quilômetros à montante. Não é incomum pescadores peruanos acharem tubarões e certa vez, uma baleia Mink apareceu morta numa praia do Tapajós. Neste último caso, foi uma raridade, mas é não é raro acharmos outros cetáceos neste rio, eu mesmo pude ver alguns botos.
Viajei três horas Tapajós acima, cruzamos por pouquíssimas embarcações e nesta pequena amostra deste grande rio, deu pra nutrir uma admiração e vontade de explorar mais o Tapajós. Logo, já estávamos deixando o rio para entrar num Igarapé, onde Iracildo estacionou o barco e nos levou até a sua casa na Floresta, onde enfim, depois de tanto percorrer este nortão, encontrei a Amazônia...
Continua....
Vista para a praia de Alter do Chão
Uma farofinha que não faz mal a ninguém
Lagoa no Tapajós
Água cristalina
Barquinhos em Alter do Chão
Anoitecer em Alter do Chão
Pracinha e igreja
Seu Iracildo, o "Crocodilo Dundee" do Tapajós
Mais praias
É rio ou mar?
Tão perto...
...Tão longe. Cadê a outra margem do rio?
Muita perícia
Galera descansando no barco
Entrando no Igarapé
Chegando em Jamaraquá