Ela começa com duas enfiadas onde não há quase agarras para as mãos, onde usamos bastante a aderência da Sapatilha em positivos que se tornam muito difíceis quando se tornam mais verticais. Esticar nestes lances causa um grande medo, pois cair ali é machucar-se na certa!
Após estas duas enfiadas, o começo da terceira segue a mesma lógica. Após um platô bom, há um lance de aderência meio vertical, que passei guiando no veneno ao ponto de nem proteger numa chapeleta, fui reto... Depois disso, começa uma fenda boa e ela termina.
Estamos alternando todas as guiadas, de forma que a próxima enfiada foi guiada pelo Tacio, um 6 grau em móvel bastante difícil, pois as opções de fenda não são das melhores... Ele passou um veneno quando fez errado um lance e teve que voltar que até eu adrenei.
Com os pés doloridos de tantos positivos, fui pra sexta enfiada, onde fica o crux. O Começo tem uma saidinha meio chata, mas depois a escalada pega ritmo numa canaleta de chuva rasa com cristais, um 5+ que ficou difícil por causa dos venenos anteriores.
Este trecho fácil, no entanto, termina num buraco, onde se protege com um friend e passa para uma travessia diagonal pra esquerda, onde há pés bem frágeis e as agarras de mão são bem abaoladas. Ali, é preciso posicionar bem os pés, juntar com as mãos e fazendo contraposição nos abaolados subir o corpo até chegar numa chapeleta. É um movimento zen, não dá muita vontade de pensar que aquilo é um 7a E3 protegido num friend.
Dei uma roubadinha segurando na costura pra aliviar a tensão e respirei firme pra terminar o lance crux da via e chegar na parada leve... Dali pra cima foi só brincadeira.
Fizemos a via bem rápido, cinco horas, mas cansamos bastante. Até agora passamos algum aperto, mas nenhuma roubada digna de Salinas, ainda bem!
Aderencias da Trapos...
Enfiada díficil
Tacio depois de passar o crux
No cume...