Saí de São Paulo de ônibus no dia 26 de Dezembro rumo a Curitiba, onde eu estou morando. Lá, arrumei meus equipamentos e roupas em duas mochilas cargueiras e montei uma outra mochila pequena, com meu computador e outras coisas para levar na mão dentro do ônibus, pois de lá eu fui para Porto Alegre me encontrar com o Antonio , que irá escalar o Mercedario comigo.
Meu ônibus para Porto Alegre saía às 19:00 horas e só consegui terminar de arrumar minhas coisas às 18:30. Saí de casa feito um louco com as várias mochilas penduradas em mim, mas consegui chegar na rodoviária a tempo de embarcar.
Cheguei em Porto Alegre no dia seguinte bem cedo, às 7:00 horas. Mas só fui me encontrar com oAntonio duas horas mais tarde, pois justo no dia de nossa partida o alarme da caminhonete dele teve problema.
Problemas resolvidos, já pegamos a estrada. Em pouco tempo já íamos nos conhecendo, pois só estive com oAntonio uma vez na minha vida.
Eu o conheci em Puente del Inca em 2003. Estava com o Maximo indo escalar o Tupungato e ele estava com um amigo, o Felipe, indo para o Aconcagua fazer uma aclimatação que resultou na sua primeira experiência dele (ele esteve lá duas vezes) na montanha que vamos escalar, o Mercedario.
Depois desta vez, não o vi mais, entretanto trocamos vários emails e várias vezes chegamos a quase nos encontrar na Argentina. Mantive contato também com seu amigo, o Felipe. Foi ele inclusive, que facilitou esta viagem para nós dois, pois eu havia comentado com ele minha vontade de escalar o Mercedario e ele falou com o Antonio . Foi uma grande coincidência o que aconteceu, pois justo quando o Hilton e o Beto Joly não puderam me garantir que iríam comigo para a Argentina, o Antonio apareceu e me convidou para ir com seu carro. Aí foi só arrumar as coisas e sair para a estrada.
Cruzamos o pampa do Rio Grande do Sul, fazendo um transecto no estado até Uruguaiana, onde cruzamos a fronteira com a Argentina.
Nossa vontade era ir dormir aquele dia em Santa Fé, entretanto, um policial corrupto nos parou na Província de Entre Rios e até acertarmos a “propina” perdemos um bom tempo, sem falar em dinheiro. Acabamos dormindo em um “Cafofo” de beira de estrada na cidade de Federal, no meio do caminho.
No dia seguinte prosseguimos com nossa viagem. Desta vez, acabamos perdendo tempo procurando em vão uma válvula para o bico de injeção do gás da caminhonete doAntonio , que na Argentina tem um tamanho diferente. Acabamos não encontrando a tempo, pois aqui existe este costume de fazer a siesta e como sempre, acabamos ficando "na mão" e tivemos que andar com a gasolina até Las Varillas em Córdoba, onde depois da siesta, achamos um lugar que nos vendeu a tal peça, uma grande economia: Para andar 200 km, gastamos com gás apenas R$ 6,40 por pessoa!
Com todo o tempo perdido, acabamos chegando em Mendoza às 2 horas da madrugada. Fomos direto ao albergue Campo Base, onde me hospedei nas várias vezes em que estive aqui. Para minha surpresa, ele está virando uma rede, com vários albergues. Acabei ficando em um novo muito bacana, com piscina e tudo.
Ao amanhecer, fomos atrás das coisas que faltavam para nossa escalada. Jogamos tudo no gramado do albergue e fomos vendo o que precisávamos. Depois fomos ao centro e compramos tudo, combustível para o fogareiro, comida e até um novo bastão de trekking para mim, uma vez que na correria em Curitiba acabei deixando o meu lá. Sem drama, pois este eu sei que minha namorada vai usar comigo em alguma montanha no Paraná.
Enfim, depois de um dia estafado, somente às 18:00 consegui arrumar as mochilas, que ficaram monstruosas.
Não tenho noção de peso como o Maximo tem, mas acho que a mochila que a mula irá carregar no Mercedario está com cerca de 30 kg e a que eu irei levar está com uns 25. Não sei quem é mais mula?
Enfim, agora está tudo pronto. Passaremos mais uma noite aqui em Mendoza. Vamos comer e dormir bem para amanhã subir a cordilheira até Barreal, cerca de 250 km daqui. Lá vamos acertar os detalhes logísticos da empreitada.
Este é então minha última publicação no blog antes da montanha. Infelizmente eu não tenho uma Internet via satélite para poder atualizar lá de cima.
Meu ônibus para Porto Alegre saía às 19:00 horas e só consegui terminar de arrumar minhas coisas às 18:30. Saí de casa feito um louco com as várias mochilas penduradas em mim, mas consegui chegar na rodoviária a tempo de embarcar.
Cheguei em Porto Alegre no dia seguinte bem cedo, às 7:00 horas. Mas só fui me encontrar com o
Problemas resolvidos, já pegamos a estrada. Em pouco tempo já íamos nos conhecendo, pois só estive com o
Eu o conheci em Puente del Inca em 2003. Estava com o Maximo indo escalar o Tupungato e ele estava com um amigo, o Felipe, indo para o Aconcagua fazer uma aclimatação que resultou na sua primeira experiência dele (ele esteve lá duas vezes) na montanha que vamos escalar, o Mercedario.
Cruzamos o pampa do Rio Grande do Sul, fazendo um transecto no estado até Uruguaiana, onde cruzamos a fronteira com a Argentina.
Nossa vontade era ir dormir aquele dia em Santa Fé, entretanto, um policial corrupto nos parou na Província de Entre Rios e até acertarmos a “propina” perdemos um bom tempo, sem falar em dinheiro. Acabamos dormindo em um “Cafofo” de beira de estrada na cidade de Federal, no meio do caminho.
No dia seguinte prosseguimos com nossa viagem. Desta vez, acabamos perdendo tempo procurando em vão uma válvula para o bico de injeção do gás da caminhonete do
Com todo o tempo perdido, acabamos chegando em Mendoza às 2 horas da madrugada. Fomos direto ao albergue Campo Base, onde me hospedei nas várias vezes em que estive aqui. Para minha surpresa, ele está virando uma rede, com vários albergues. Acabei ficando em um novo muito bacana, com piscina e tudo.
Ao amanhecer, fomos atrás das coisas que faltavam para nossa escalada. Jogamos tudo no gramado do albergue e fomos vendo o que precisávamos. Depois fomos ao centro e compramos tudo, combustível para o fogareiro, comida e até um novo bastão de trekking para mim, uma vez que na correria em Curitiba acabei deixando o meu lá. Sem drama, pois este eu sei que minha namorada vai usar comigo em alguma montanha no Paraná.
Enfim, depois de um dia estafado, somente às 18:00 consegui arrumar as mochilas, que ficaram monstruosas.
Não tenho noção de peso como o Maximo tem, mas acho que a mochila que a mula irá carregar no Mercedario está com cerca de 30 kg e a que eu irei levar está com uns 25. Não sei quem é mais mula?
Enfim, agora está tudo pronto. Passaremos mais uma noite aqui em Mendoza. Vamos comer e dormir bem para amanhã subir a cordilheira até Barreal, cerca de 250 km daqui. Lá vamos acertar os detalhes logísticos da empreitada.
Este é então minha última publicação no blog antes da montanha. Infelizmente eu não tenho uma Internet via satélite para poder atualizar lá de cima.
Estarei então cerca de 20 dias sem comunicação e fora da civilização. Torçam para nós.
Grande abraço desde o calor seco do Oeste argentino.
Até a volta!