"O mundo é para quem nasce para o conquistar.
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão"
Fernando Pessoa
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão"
Fernando Pessoa
O Marumbi é a montanha mais tradicional do montanhismo paranaense e é um dos lugares mais importantes no desenrolar da evolução desta atividade no Brasil, pois pode-se dizer que ali começou o montanhismo no sul e daqui saíram importantes montanhistas que já escalaram as montanhas mais altas do mundo.
A base dela fica próxima aos 300 metros de altitude e seu ponto mais alto é o Monte Olimpo a 1540 metros. Não se trata de uma montanha de grande altitude, mas é sem dúvida uma montanha alta.
Eu estava com o Júlio, Jhony e Luiz, que assim como eu estavam na montanha para iniciar um treinamento para no fim ano escalar nos Andes. Acompanhando-nos, estavam o Pick e o Paulo.
O Marumbi aparentemente era um ótimo lugar para dar inicio à este treino, já que é uma montanha muito escarpada e alta, mas que também permite fazermos um ascensão em apenas um dia.
Íamos subir por um caminho que segundo o Júlio era fácil, pois nove anos antes ele havia subido com um piá de braço quebrado, mas não foi bem assim, ou melhor, foi o contrário do que ele falou!
O começo da trilha é pelo meio da floresta densa, entretanto depois de subir bastante, chegamos uma base rochosa onde a inclinação fica muito mais abrupta. A partir daí começou um trecho que não chega a uma dificuldade técnica de escalada, mas que no fim se tornou a trilha, mais difícil que eu fiz no Brasil.
Ainda fico em dúvida se o que eu fiz foi trilha ou escalada, pois em muitos trechos houve inclinação de escalada, seja em trechos rochosos ou no meio do mato que foi na verdade a maior dificuldade, pois em ambiente tropical de altitude há muitos bambus e o mato é muito fechado, dificultando muito o progresso e causando arranhões entre outros incômodos. A úmidade também é outra dificuldade, pois os trechos rochosos ficam molhados e escorregadios.
Esta ascensão (escalada) foi cheia de trechos rochosos, com direito a fendas de entalamento de corpo, paredes positivas, chaminés. Como tinha muito mato, não dava pra "escalar" estes trechos com as técnicas de escalada em rocha, pois as agarras estavam molhadas e muito sujas com limo. O melhor jeito foi ter que segurar em galhos e ir subindo pisando em pequenos platôs feitos por raízes, ou seja, a técnica consistia em usar agarras biológicas.
Me senti como aqueles montanhistas conquistadores da década de 50. A técnica realmente não era a mais bonita, mas a escalada não deixou de ser difícil, aliás, depois deste fim de semana comecei a me achar um escalador mais completo, pois tenho agora experiência em escalada em rocha, gelo e escalada em mato.
Foram 7 horas de subida e 10 horas de caminhada no total. O esforço foi enorme, tanto que até passei mal. Foi um treino puxado para ser o primeiro, mas foi um bom começo, mesmo com calor, ninguém reclamou. Mesmo sem saber onde estávamos, ninguém discutiu qual era o melhor caminho. Aparentemente rolou um bom entrosamento, o que quer dizer que esta equipe, se continuar assim, tem tudo para se dar bem nos Andes. A idéia agora é continuar treinando na Serra do Mar. Entretanto, o Jhony, o Júlio e o Luiz, vão para o Aconcagua. Eu, Beto e Hilton, vamos para o Mercedario. Os destinos são distintos mas mesmo assim vamos fazer uma aclimatação todos juntos, tenho boas expectativas.
A base dela fica próxima aos 300 metros de altitude e seu ponto mais alto é o Monte Olimpo a 1540 metros. Não se trata de uma montanha de grande altitude, mas é sem dúvida uma montanha alta.
Eu estava com o Júlio, Jhony e Luiz, que assim como eu estavam na montanha para iniciar um treinamento para no fim ano escalar nos Andes. Acompanhando-nos, estavam o Pick e o Paulo.
O Marumbi aparentemente era um ótimo lugar para dar inicio à este treino, já que é uma montanha muito escarpada e alta, mas que também permite fazermos um ascensão em apenas um dia.
Íamos subir por um caminho que segundo o Júlio era fácil, pois nove anos antes ele havia subido com um piá de braço quebrado, mas não foi bem assim, ou melhor, foi o contrário do que ele falou!
O começo da trilha é pelo meio da floresta densa, entretanto depois de subir bastante, chegamos uma base rochosa onde a inclinação fica muito mais abrupta. A partir daí começou um trecho que não chega a uma dificuldade técnica de escalada, mas que no fim se tornou a trilha, mais difícil que eu fiz no Brasil.
Ainda fico em dúvida se o que eu fiz foi trilha ou escalada, pois em muitos trechos houve inclinação de escalada, seja em trechos rochosos ou no meio do mato que foi na verdade a maior dificuldade, pois em ambiente tropical de altitude há muitos bambus e o mato é muito fechado, dificultando muito o progresso e causando arranhões entre outros incômodos. A úmidade também é outra dificuldade, pois os trechos rochosos ficam molhados e escorregadios.
Esta ascensão (escalada) foi cheia de trechos rochosos, com direito a fendas de entalamento de corpo, paredes positivas, chaminés. Como tinha muito mato, não dava pra "escalar" estes trechos com as técnicas de escalada em rocha, pois as agarras estavam molhadas e muito sujas com limo. O melhor jeito foi ter que segurar em galhos e ir subindo pisando em pequenos platôs feitos por raízes, ou seja, a técnica consistia em usar agarras biológicas.
Me senti como aqueles montanhistas conquistadores da década de 50. A técnica realmente não era a mais bonita, mas a escalada não deixou de ser difícil, aliás, depois deste fim de semana comecei a me achar um escalador mais completo, pois tenho agora experiência em escalada em rocha, gelo e escalada em mato.
Foram 7 horas de subida e 10 horas de caminhada no total. O esforço foi enorme, tanto que até passei mal. Foi um treino puxado para ser o primeiro, mas foi um bom começo, mesmo com calor, ninguém reclamou. Mesmo sem saber onde estávamos, ninguém discutiu qual era o melhor caminho. Aparentemente rolou um bom entrosamento, o que quer dizer que esta equipe, se continuar assim, tem tudo para se dar bem nos Andes. A idéia agora é continuar treinando na Serra do Mar. Entretanto, o Jhony, o Júlio e o Luiz, vão para o Aconcagua. Eu, Beto e Hilton, vamos para o Mercedario. Os destinos são distintos mas mesmo assim vamos fazer uma aclimatação todos juntos, tenho boas expectativas.
Acho que a trilha que fizemos foi por aqui. Digo acho, pois não deu pra vem bem qual caminho tomamos. Havia muito mato.