Blog do Pedro Hauck: Projeto Escalada no Monge é notícia no exterior

4 de outubro de 2010

Projeto Escalada no Monge é notícia no exterior

Bem, muitos de vocês devem saber de meu empenho na luta pela liberação da escalada e do montanhismo em alguns parques com regras muito radicais e pouco flexíveis de visitação, que não permitem a escalada e o montanhismo se desenvolvendo em seu interior.

Pois bem, em 2008 eu recebi o convite de Natan Fabrício, presidente da Federação Paranaense de Montanhismo, para ser o diretor de escalada desta federação e prometi a ele que iria pôr em prática as minhas idéias.

Com um grande atraso, eis que só recentemente tive a possibilidade de entregar um projeto, visando identificar os problemas e propor soluções para que os escaladores possam novamente freqüentar o Parque Estadual do Monge, localizado na cidade da Lapa, há 50 Km de Curitiba.

Esta oportunidade veio somente após as contradições do órgão ambiental que cuida desta Unidade de Conservação, que por um lado ditava regras muito rígidas, proibindo a prática de muitos esportes para preservar o meio ambiente contra seus mínimos impactos, e de outro elaborou um projeto de recuperação ambiental que foi mal executado e que ao invés de recuperar, só resultou em maiores, por não dizer, em grandes impactos ambientais.

Pois bem, passado um pouco mais de um mês que entreguei este projeto, ele começa a ganhar repercussão. Primeiro, obviamente, foi a veiculação dele na cidade da Lapa, depois no site AltaMontanha e agora é no exterior, onde ele recebeu criticas positivas sobre sua qualidade:

El documento tiene 54 páginas y su calidad impresiona: desde la descripción del lugar hasta la descripción del tipo de roca y su durabilidad, además de la form en que los escaladores se aseguran de no tener accidentes. Es digno de leerse. Quizá no sea la solución total, pero creemos que el documento es importante porque denota la calidad con la que los escaladores pueden responder y que saben esperar a que la IAP lo lea y dé una resolución al respecto
. Disse Carlos Rangel, montanhista e editor do site mexicano “montañismo.mx

Pois bem, fico muito grato com a divulgação e as críticas, ainda mais vindo de um site que há muitos anos eu acompanho e que me serve como fonte de informações e também vindo de um país como o México, que é o que tem a cultura do montanhismo mais rica da América Latina.

Carlos Rangel me escreveu uma coisa que nunca havia parado para pensar sobre o Parque do Monge, que é uma UC que recebeu este nome não por acaso, pois é um local tradicional de peregrinação religiosa no Paraná. Ele disse:

Sinceramente aprendí mucho de la información que enviaste y de lo que investigué por mi cuenta para que me quedaran claras algunas ideas que no parecían estar en el lugar correcto. La pregunta que más me tiene absorto y que no puse en el artículo es: ¿estará considerando la gente que les prohibió escalar, el valle como algo sagrado? Si es así, la lucha será muy larga. De no haber vivido ahí el monje João Maria D’Agostini, la cosa sería muy otra.

Pois bem, é justo proibir algo sagrado? Se a gruta do Monge é assim considerada pelos fiéis, por que a rocha não pode ser considerada algo parecido para nós?



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