5 de outubro de 2009
Chamem a Polícia, pois é proibido escalar!
Hoje desabafei sobre muitas coisas que estavam me deixando inquieto. Há tempos tenho visto que o montanhismo vem se enfraquecendo e se marginalizando.
Por mais que existam mais pessoas escalando hoje do que antigamente. Há uma inquestionável perda de identidade.
Parte disso é por conta das diversas proibições que existem em nosso país. Por mais que elas existam em todas esferas, não só na pública, é esta a que mais me revolta, pois os parques deixam de desempenhar um papel importante que é incentivar as atividades ao ar livre.
Com as proibições, pouco a pouco, a cultura do montanhismo vai sendo minada e hoje já existe uma geração de pessoas que não assimilam mais o que é esse tal montanhismo, que não é apenas o ato de subir montanhas.
A grande crítica é que o montanhista, reconhecido históricamente como um agente que promove ações preservacionistas, se tornou virou um vilão ambiental por conta da má interpretação dos órgão gestores dos parques.
Basta dizer que isso ocorre, principalmente, por conta de que estes órgão ambientais não têm material humano para fazer aquilo que deveriam, que é ter controle sobre o visitante. E como o montanhista é um visitante diferenciado, ele merece uma atenção especial, mas acaba por ter o acesso restringido, pelo simples fato de que não pode!
Este artigo ainda precisa de outras contribuições e trás, em primeira aproximação, este problema que é complexo e que merece a discussão entre nós.
Leia na íntegra: Chamem a Polícia, pois é proibido escalar!
4 comentários:
- fercardoso disse...
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Concordo com você, Pedro.
Acho que o problema é que não há uma diferenciação entre o visitante comum, que vai para a montanha para fazer bagunça e do escaladaor, que vai para praticar o esporte, em harmonia com o meio ambiente. - 7 de outubro de 2009 às 08:35
- Marcelo Augusto disse...
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Acredito que não há diferença entre escaladores e visitantes comum. Existe diferença sim entre "farofeiros" e concientizados. existem tantos visitantes quanto escaladores que fazem bagunça, sujam e estragam. Ai está o problema, como separar os bons dos mals ? aplicar uma prova, exames psicológicos e vasculhar as mochilas talvez sejam uma boa alternativa.
- 7 de outubro de 2009 às 13:52
- Paulo Roberto - Parofes disse...
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Exame psicológico? Aplicar prova?
Não resolveria...Pior, geraria custo + necessidade de documento = necessidade de papel = mais árvores derrubadas.
Vasculhar as mochilas? Com qual objetivo? Também não sei se seria viável porque envolve questões legais...
O que falta mesmo é EDUCAÇÃO, isso sim é primordial...
A farofada, creio eu, é responsável por 90% de toda sujeira que se vê pelas trilhas da vida.
Te digo porquê penso assim: Montanhista e escalador DE VERDADE, de modo geral, é muito consciente, respeita a natureza, cata lixo da trilha quando vê, denuncia, tem voz ativa e participativa.
O FAROFA não. Se for atrapalhar levar o lixo consigo ele joga sim o lixo no chão, abre trilhas novas mesmo que haja uma bem batida, taca fogo no mato porque se perdeu...Resultado: Proibições.
É o que eu penso...Parece meio extremista mas não acredito que seja! risos...
Abraços! - 8 de outubro de 2009 às 17:41
- Alessandra disse...
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Pedro
É maravilhoso sempre diante de tanta discussão, opiniões e textos por aí ler algo tão esclarecedor, claro e com informações valiosas. Como sempre você nos presenteia com teu bom senso apurado e capacidade de análise em um documento como este. O mestrado te fez bem rsrsr.Muito bom (e quando vais pra Argentina afinal? Não vai me dizer que já está por aqui e não avisou? Beijão!) - 11 de outubro de 2009 às 16:47