Foi nossa quarta montanha nessa viagem, em que escalamos exatamente as quatro maiores do país. Mesmo sendo a mais baixa delas, o Illampu foi a mais técnica. Na verdade, o Illampu é a montanha de seis mil metros mais técnica da Bolívia.
Desta vez eu e o Maximo tivemos a companhia da escalodara alemã/argentina, Isabel Suppé que dividiu cordada conosco.
Apesar desta montanha ser bem mais difícil que as outras, desta vez tivemos sorte com o tempo e isso fez que as dificuldades técnicas fossem amenizadas. Uma coisa interessante é que esta foi a única montanha nesta viagem que não precisamos de abrir caminho, pois antes de nós outros escaladores se aproveitaram do bom tempo e assim a montanha pareceu ser menos remota do que é, isso sem falar que a trilha até o acampamento alto é bem marcada, muito diferente, do Ancohuma, que é menos técnico, mas muito mais difícil de se chegar.
Nosso ataque ao cume foi muito demorado, pois escalamos sempre com segurança. O Illampu tem uma parede super inclinada de cerca de 300 metros de altura e lá perdemos muito tempo.
Saímos tarde do acampamento, às 4 da manhã e só chegamos ao cume às 4 da tarde! Isso não foi tudo, pois a volta foi também dificil, já que teríamos que desescalar a parede de 300 metros.
Como estávamos muito cansados, resolvemos rapelar esta parede e acabamos abandonando estacas de gelo lá em cima. Por sorte nosso atraso e cansaso não resultou em nenhum acidente e depois de 6 rapéis de 60 metros, chegamos na base salvos. Só fomos chegar na barraca às 10 da noite, depois de 18 horas de muito esforço.
A volta foi feita em dois dias, pois estavamos muito exaustos. Uma das dificuldades foi dirigir de Ancoma, que é o vilarejo que dá acesso à montanha, até Sorata. A estrada era terrível e super perigosa, foi a mais perigosa que eu já dirigi. Quase chegando e, Sorata eu passei com a roda em um buraco que não sei como não quebrou o carro.
Esta montanha fecha com chave de ouro nossa expedição. Agora são cerca de 3400 quilômetros de estrada até o Brasil.
Tenho saudades de muitas pessoas e espero voltar logo para contar pessoalmente as novidades. Daqui serão mais 4 dias até em casa!
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:: Veja o tracklog do Illampu no Rumos: Navegação em Montanhas!
Estrada para Ancoma. De terra, muito ruim, muito mal conservada e perigosa.
Preste atenção neste risco horizontal na montanha. Pois bem, isso é a estrada para o Illampu.
Vista para o vilarejo de Ancoma, aonde é o acesso à trilha do Illampu.
As casas de Ancoma, parece o Tibet!
Começo da trilha para o Illampu, lugar lindo!
Acampamento base do Illampu: Aguas calientes.
Aproximaçào ao acampamento alto do Illampu.
Vista para o caminho do acampamento alto do Illampu.
Isabel e Maximo.
Subindo o glaciar até o campo alto.
Atravessando o glaciar de cargueira.
Vista desde o campo alto para a região amazônica.
Nosso acampamento alto no Illampu. Ao fundo a parede técnica da montanha.
Detalhe da parede. Ela tem cerca de 300 metros.
Isabel no começo da parede.
Maximo guiando as primeiras enfiadas da parede.
Eu no segue do Maximo.
Maximo na parede.
Maximo no segue pra Isabel que vem em segundo.
Maximo e Isabel no final da parede.
Max chegando chegando no filo que dá acesso ao cume. De lá são mais 350 metros de subida, com dois escalões mais técnicos, mas não muito dificeis.
Isabel chegado no filo.
O último lance de escalada antes do cume.
Isabel e Maximo chegando no cume.
Chegando...
Vista para a Cordilheira Real.
Cume do Illampu.
Eu no cume.
Eu o Maximo no cume do Illampu.
Nos três no cume do Illampu.
Tentando imitar Tenzing Norgay no cume.
Cume do Illampu
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