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A partir do altiplano, que se encontra a uma altitude de 4200 metros, a descida até a região dos llanos da Bolívia é bem gradual no começo e abrupto ao final.
Saindo das estepes secas do altiplano, entramos em vales igualmente secos que vão ganhando vegetação com a perda de altitude chegando em Cochabamba, que fica em um grande vale seco, a 2800 metros, mas que devido à presença de água há algumas árvores e algum verde.
Saindo de Cochabamba, há apenas 50 Km da cidade, entramos em um vale e começamos a descer. Lá o verde toma conta e as rochas ficam para trás.
De repente o céu azul desaperece e a neblina começa a tomar conta. Aparece uma chuva fina e a aparência da paisagem é igual à da Serra do Mar. Rios caudalosos aparecem ao lado da estrada e é preciso tomar cuidado com as curvas e o tráfego.
A vegetação é exuberante e os caminhões transportam o resultado da presença do homem em meio à floresta densa.
O mais impressionante é que esta exuberância dura pouco, ela está somente presente no sopé da cordilheira, pois lá em baixo a vegetação é bem mais rala e seca, é o Chaco Boreal.
Esta faixa verde entre os 800 e os 2000 metros de altitude tem um nome, chama-se Yungas e é muito importante para a vida e a economia da Bolívia, pois é a região fértil mais próximo de onde vivem as pessoas.
Esta é também a região natural onde se produz a folha de coca e por isso ali existem muitos conflitos e interesses, uma pena,pois a paisagem de montanhas verdes é muito bonita.
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