Blog do Pedro Hauck: A morte dos bambus

2 de março de 2011

A morte dos bambus

Desde o ano passado tenho notado que na Serra do Mar do Paraná, os bambus tem desaparecido no meio da floresta. São grande clareiras sendo formada pela morte deste tipo de vegetação, que forma a famosa "quissassa".

 Bambuzal morto na Serra do Ibitiraquire

Bambuzal no pico do Ferraria na época em que estava vivo.

Pra quem caminha na Serra é uma ótima noticia, pra quem estuda ecologia e biodiversidade também. Primeiro por que os bambus são um inferno, pois prende nossas mochilas e impedem a passagem em muitos trechos. Depois, pois os bambus são muito invasivos, abafam outras plantas e as sufocam, fazendo com que existe uma perda de várias plantas, que são substituidas por uma só.

 A notícia é boa, porém, por que eles estão morrendo?

Há quem diga que os bambus tem uma ciclicidade de vida e em um determinado momento nascem, crescem e depois morrem. Eu acho isso meio estranho e levanto uma hipótese: Não estariam estes bambus sendo apodrecidos pelas chuvas?

Digo isso pois nos ultimos 3 anos não tivemos época de seca. Choveu todos os meses do ano como se não houvesse inverno e os meses de verão foram mais quentes que o normal.

De fato, todos estes bambus mortos estão podres e desde 2008 (como podem verificar nas postagens antigas), tem chovido de maneira absurda!

Esta é uma hipótese, mas o que será que realmente está acontecendo? Alguém já estudou a respeito?



2 comentários:

Paulo Roberto - Parofes disse...

Cara que doideira! Como mudou a vegetação...

Geraldo disse...

Pedro, estou apenas 4 anos e algo atrasado, mas ha essa hora e tempo, deve estar cansado de saber a resposta, mas se alguma alma pouco penada ler um dia desses o seu post, terá então algo a mais. As taquaras, bambus, caratuvas (quando solidas), Chusqueas, Merostachys e tantas outras, morrem em conjunto, ciclos que terminam e e comum pessoas do interior, dizer que esse ciclo e de 30 anos. Claro, depende da especie e de um extremo a outro do estado e da região, vai ver que todos secaram. Riscos enormes de fogo e profusão de ratos, também vão lhe dizer. Ja vi duas vezes, e o ciclo da taquara comum, foi em torno de 23 anos. Mas leve em conta que não sou botânico ou algo do ramo,apenas curioso (e chato) nisso. Costuma-se dizer se colocar fogo la em Capanema, chega ate na Serra do Mar, pois como escrevi o ciclo findo e para todas de mesma especie.