Cemitério na base do Huayna Potosi, calma, não iremos parar lá!
Na sexta feira subimos todos, Eu, Max e Hilton para a região da represa de Zongo, à cerca de 4700 metros de altitude para dar inicio ao nosso processo de aclimatação.
Antes disso, descemos até a zona Sul de La Paz, a região mais nobre da cidade, para comprar comida em um supermercado, já que onde estamos, na zona Norte, não há este tipo de estabelecimento e tudo fica muito disperso sendo vendido com as índias na rua.
Após encher o Ecosport de comida, subimos toda a cidade e fomos até El Alto, cidade satélite de La Paz, onde fica a periferia daqui e após nos perdermos um pouco pelo trânsito caótico, achamos a estrada que nos levaria a nosso destino.
A aproximação à Zongo, que é o acesso às duas montanhas mais frequentadas da Bolívia, o Chacaltaya e o Huayna Potosi é algo muito fora de sério. Passamos pelo meio dos bairros da periferia. As casas que perto do centro de El Alto são de alvenaria, passam, mais para cima, a serem feitas de adobe, que é um tijolo de barro da época dos Incas... Em seguida a rua fica de terra e a aglomeração de casas desaparece, ficam algumas casinhas com animais, numa cena típica rural.
Em seguida já não há nada, ganhamos altura e estamos aos pés de uma montanha nevada em meio à estepe do altiplano e rodeado por rios congelados e animais tipicos daquele local, como a Lhama, numa paisagem aparentemente selvagem, aparentemente, pois o homem andino habita aquela região muito antes da chegada de Pizarro.
Chegamos ao local à noite e após comer um lanche e arrumar a barraca, fomos dormir.
Confesso que dormi bem, apesar de ter passada as duas ultimas noites à uma altitude de menos de 2000 mil metros. A surpresa veio na manhã seguinte.
O Hilton, que havia descido comigo à Coroico começou a passar mal. Ele ficou o dia inteiro na barraca e no fim da tarde estava com uma terrivel dor de cabeça. Fiquei alarmado, será que ele havia pego a minha gripe?
Desci com ele em seguida, Max ficou lá em cima dando continuidade à sua precária aclimatação (não que ele esteja mal, mas todos sabem que ele tem dificuldade em aclimatar!).
Cheguei em La Paz com um trânsito infernal em pleno sábado! Que cidade caótica. Estávamos sem querer passando pela zona de comércio popular e lá não há regras, as pessoas páram o carro e carregam de mercadoria em qualquer lugar e a polícia não faz nada!
Com muita paciência chegamos à nosso Hotel. Comemos alguma coisa, tomamos um banho e fomos dormir. Confesso que muito preocupado, pois no momento Hilton estava com uma febre baixa.
Acordei cedo de manhã, às 6:45. Hilton estava dormindo e não o acordei. Mais tarde, não aguentando de angustia acabei fazendo e ele estave melhor, ufa! A dor de cabeça havia passado e ele não tinha nenhum sintoma de gripe, era a altitude, ainda bem só a altitude.
Estamos agora tomando um café da manhã, aproveitando pra checar os emails e ver noticias do Coxa (que perdeu ontem) e do timão que joga mais tarde. Infelizmente não vou poder ver o jogo, mas tudo bem, me sinto aliviado por não ter mais um doente na viagem!
:: Continue lendo esta história
Novo parceiro de viagem!!!
Nosso acampamento perto da represa de Zongo
Rio Congelado com gosto de metal, eca!
O melhor presente para quem está de piriri!!!
Caminhando pela estrada
Huayna Potosi, a estrada e as Lhamas
Detalhe do cemitério na base do Huayna Potosi. Não é de montanhistas!! É de um massacre de mineiros ocorrido em 1965.
Detalhe de uma tumba profanada (não fui eu!). Ossinhos!!
Olha mãe, não te disse que não são montanhistas!!! É muito perigoso ser mineiro! Subir montanha é muito mais seguro!
Será que leite de Lhama é bom?